Estudos feministas de tradução:
um recorte de pesquisas do Programa de Pós-graduação em Estudos da Tradução (PGET-UFSC)
DOI:
https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v7i2.15266Palavras-chave:
Estudos Feministas de Tradução, História da Tradução, PGET-UFSCResumo
Diante da invisibilidade imposta à s mulheres no campo da Tradução, este trabalho tem o objetivo de analisar as contribuições teórico-práticas aos Estudos Feministas de Tradução desenvolvidas no programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução (PGET) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Para tanto, apresentamos as teses e dissertações defendidas neste programa ”“ por ser o pioneiro do Brasil em Estudos da Tradução e do qual fazemos parte ”“, de 2005 a 2018, que abordam a tradução em sua intersecção com os Estudos de Gênero. Esperamos, com este levantamento, auxiliar a visibilidade de pesquisas desenvolvidas neste campo de estudos e favorecer a formação de redes que conectem pesquisadoras/es de diversos locais que estejam interessadas/os na temática, como parte de uma das propostas do Grupo de Estudos Feministas na Literatura e na Tradução (GEFLIT/UFSC). Do total de 273 dissertações e 114 teses analisadas, apenas 20 apresentaram os critérios utilizados na busca e compuseram o corpus. Desses 20, 18 abordaram questões de gênero, no entanto, apenas nove identificaram-se inseridas nos Estudos da Tradução em sua intersecção com os Estudos de Gênero. Disso, conclui-se que os estudos feministas ainda têm encontrado resistência no diálogo com outras áreas do conhecimento. Tal fato reflete a diferença social de gênero e, consequentemente, o caráter gendrado da linguagem e da cultura escrita. Nesse sentido, pesquisadoras como Rosvitha Blume (2010), Luise von Flotow & Farzaneh Farahzad (2016) e Olga Castro (2017) chamam atenção para a necessidade do resgate histórico de tradutoras bem como para a importância de pesquisas e experiências de tradução conscientes do seu papel feminista, como aqui apresentamos.
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