O INTÉRPRETE DE LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA:

CONHECER A PROFISSÃO

Autores

  • Susana Barbosa Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto
  • Ana Magalhães Centro de Reabilitação Profissional de Gaia
  • Joana Silva Agrupamento de Escolas Dr. João de Araújo Correia
  • Liliana Silva Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano
  • Mónica Santos Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano
  • Pedro Freitas Agrupamento de Escolas Artur Gonçalves
  • Vanessa Ramos Intérprete de Língua Gestual Portuguesa
  • Vânia Costa Agrupamento de Escolas António Sérgio

DOI:

https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v5.n1.2016.11373

Palavras-chave:

Intérprete de língua gestual portuguesa, Comunicação, Mediação, Voz, Postura

Resumo

Com este artigo, pretendemos ilustrar as perceções que os intérpretes de língua gestual portuguesa (LGP) reconhecem na sua atividade profissional. Como referência teórica, analisamos diversos aspetos referentes ao estágio curricular, aos dilemas profissionais, às parcerias do intérprete no contexto educativo, à interpretação para voz e às lesões músculo-esqueléticas. Para isto, realizamos inquéritos por questionário aos intérpretes de língua gestual portuguesa que se encontravam a exercer funções. Através da análise dos dados obtidos verificou-se: insuficiência de parâmetros na lei que respondam a questões relacionadas ao exercício da atividade; o trabalho de parceria entre o intérprete de LGP e os restantes membros da equipa educativa é crucial para o contributo de uma educação de qualidade para os alunos surdos; a voz, enquanto ferramenta de trabalho, deverá ser cuidada e, a sua utilização, potencializada para uma eficaz interpretação para voz; a falta de cuidados que os intérpretes têm relativamente às possíveis lesões músculo-esqueléticas que advêm do exercício da profissão.

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Publicado

12-07-2016

Como Citar

BARBOSA, Susana; MAGALHÃES, Ana; SILVA, Joana; SILVA, Liliana; SANTOS, Mónica; FREITAS, Pedro; RAMOS, Vanessa; COSTA, Vânia. O INTÉRPRETE DE LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA:: CONHECER A PROFISSÃO. Belas Infiéis, Brasília, Brasil, v. 5, n. 1, p. 131–146, 2016. DOI: 10.26512/belasinfieis.v5.n1.2016.11373. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/belasinfieis/article/view/11373. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê

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