“TRADUZIR PODE CORRER O RISCO DE NÃO PARAR NUNCA”:
CLARICE LISPECTOR TRADUTORA (UM ARQUIVO)
DOI:
https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v2.n2.2013.11251Palavras-chave:
Arquivo, Tradução, Crítica, Clarice LispectorResumo
Há, exatamente, 70 anos, Clarice Lispector estreava no mundo literário, com a publicação de Perto do coração selvagem (1943). A partir de então, muita tinta e bastante papel foram gastos, pela crítica, a respeito da escritora e de sua literatura. Contudo, podemos dizer que falta, sem sombra de dúvidas, um trato mais cuidadoso à tarefa da tradução exercida por Lispector ao longo de seu projeto intelectual como um todo, sobretudo porque suas atividades como tradutora iniciaram-se dois anos antes do romance de 1943, com a primeira tradução publicada pela então estudante de direito. É importante salientar que parece ocupar o perfil de Clarice tradutora um espaço lacunar no seio da crítica, constatação essa corroborada pelas “rápidas e rasteiras” menções encontradas sobre o “ofício paralelo” exercido pela escritora. Sob essa égide, o presente artigo visa a apresentação de um levantamento das traduções efetuadas por Clarice, bem como pretende evidenciar um perfil de Lispector não sobressalente no meio crítico. É nesse sentido que acreditamos ser papel da crítica posterior o de assumir as responsabilidades pelos passados não ditos, não explorados.
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