Atores e instituições na formulação da Política de Mudanças Climáticas no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.18472/SustDeb.v9n1.2018.25872Palavras-chave:
Instituições Políticas, Política Ambiental, Política Brasileira de Mudanças ClimáticasResumo
Observou-se que um mesmo modelo de governança foi configurado na política brasileira de mudança do
clima, caracterizando em comum três fatores à s instituições responsáveis por essa política: (1) diversidade
institucional, (2) cooperação e (3) competição política. Por meio de um estudo de caso, buscou-se tomar,
como unidade de análise, a Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima (CIMMGC). O objetivo
foi observar em que medida a maior diversidade institucional, caracterizada pela elevada inclusividade
de atores políticos e o reforço de accountability no processo político decisório, fomentou mais cooperação
e menos competição política entre os atores políticos envolvidos na CIMMGC. Os resultados apontaram que a maior inclusividade política no processo decisório da política brasileira de mudança do clima não
incorreu em ausência de governabilidade democrática. No caso da CIMMGC, o modelo consociativo da
política brasileira de mudança do clima reforçou mecanismos de accountability no processo político,
sem perder, em contrapartida, dinamismo institucional e capacidade decisória nos objetivos políticos
outorgados à instituição pela Política e Plano Nacional sobre Mudança do Clima.
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