Limitações da abordagem coaseana à definição do instrumento de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA)

Autores

  • Daniel Caixeta Andrade Universidade Federal de Uberlândia
  • Marcelo Simões Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.18472/SustDeb.v4n1.2013.9200

Palavras-chave:

Pagamentos por serviços ambientais, Bens públicos, Custos de transação, Institucionalismo, Economia Ecológica

Resumo

A despeito da popularidade dos instrumentos de PSA, existem questionamentos sobre a adequação de sua base teórico-conceitual. Este artigo apresenta uma pesquisa teórica e de caráter revisional cujo objetivo é contribuir para o debate sobre o desenvolvimento de novas abordagens conceituais capazes de conciliar teoria e prática do PSA. A discussão desenvolvida aponta para as contribuições da Economia Ecológica e Institucional para a ampliação do conceito de PSA, uma vez que as mesmas permitem incorporar os diferentes contextos ambientais, sociais e econômicos, e buscam lidar com os efeitos de eficiência e equidade.

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Biografia do Autor

Daniel Caixeta Andrade, Universidade Federal de Uberlândia

Professor, Doutor em Desenvolvimento Econômico e Professor do Instituto de Economia da Universidade
Federal de Uberlândia.

Marcelo Simões, Universidade Federal de Uberlândia

Economista e mestrando em Economia pela Universidade Federal de Uberlândia.

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Publicado

2013-07-01

Como Citar

Andrade, D. C., & Simões, M. (2013). Limitações da abordagem coaseana à definição do instrumento de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). Sustainability in Debate, 4(1), 59–78. https://doi.org/10.18472/SustDeb.v4n1.2013.9200

Edição

Seção

Dossiê

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