Entre a Especialização Produtiva e a Agroecologia:

Estratégias de Reprodução Social de Agricultores familiares da Região Extremo Oeste Catarinense

Auteurs-es

  • Adinor José Capellesso
  • Ademir Antonio Cazella Professor do Programa de Pós Graduação em Agroecossistemas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina.

DOI :

https://doi.org/10.18472/SustDeb.v6n2.2015.15492

Mots-clés :

Especialização, Diversificação, Pluriatividade, Agroecologia

Résumé

Este artigo analisa as estratégias de reprodução social de estabelecimentos familiares com o objetivo de avaliar suas formas de inserção nos mercados e possíveis implicações socioambientais. O estudo de caso contou com 37 entrevistas com produtores convencionais e orgânicos no Extremo Oeste Catarinense. Enquanto as criações integradas demandam especialização, a agroecologia orienta-se pela diversificação produtiva. Entre esses polos, a atividade leiteira apresenta elevada expressão social, mas com reconfigurações importantes em curso na sua relação com os mercados. A demanda por maior escala, necessária para manter-se nessa cadeia e obter melhores preços, expande o modelo produtivista de elevado uso de insumos, o qual subjuga a preservação ambiental e reduz a margem de manobra frente às oscilações de mercado e aos possíveis problemas sanitários. Nesse contexto, o Estado e as organizações representativas do setor podem: a) assumir papel ativo, disputando a construção dos mercados; ou b) aceitar o fatalismo da concentração excludente em curso.

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Biographie de l'auteur-e

Adinor José Capellesso

Doutorando do Programa de Pós-graduação em Agroecossistemas (PGA/UFSC), Bolsista Pós-Graduação Uniedu e Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, São Miguel do Oeste, Santa Catarina.

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Publié-e

2015-08-31

Comment citer

Capellesso, A. J., & Cazella, A. A. (2015). Entre a Especialização Produtiva e a Agroecologia:: Estratégias de Reprodução Social de Agricultores familiares da Região Extremo Oeste Catarinense. Sustainability in Debate, 6(2), 33–50. https://doi.org/10.18472/SustDeb.v6n2.2015.15492

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