This is an outdated version published on 2021-04-29. Read the most recent version.

The impacts of the construction of hydroelectrics on indigenous communities. Displacement, division and pilgrimage among The Tuxá peoples of Bahia state, Brazil

Authors

  • Bernal PhD in Sustainable Development, Post-Doctoral Researcher, INCT- ODISSEIA, Centro de Desenvolvimento Sustentável, Brasília, DF, Brazil https://orcid.org/0000-0001-6778-555X
  • Rodrigues-Filho PhD in Natural Sciences, Associate Professor, Centro de Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brazil https://orcid.org/0000-0001-5937-8874
  • Gabriela Litre PhD in Sustainable Development, Full Associate Researcher, Guest Professor, Centro de Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília, Brasília, Brazil https://orcid.org/0000-0001-7789-0580

DOI:

https://doi.org/10.18472/SustDeb.v12n1.2021.36587

Keywords:

Hydroelectric plants. Indigenous Tuxá people. Forced displacement.

Abstract

Due to the construction of the Itaparica Hydroelectric Plant in 1988, the Tuxás were displaced from their lands and resettled, generating internal conflicts and various socio-environmental impacts. Historically dedicated to agriculture and fishing, the resettlement of Tuxás changed their livelihoods, affecting nutrition and their relationship with their livelihoods. For those who still have access to fishing on the São Francisco River, the availability of fish has been reduced as a result of water polluting eutrophication, due to the disposal of sewage and fertilizers. The results include new elements, often disregarded, to reexplore the socio-environmental trade-offs of the installation of hydroelectric plants in Brazil. He concludes by proposing alternative perspectives (mainly from the bottom up), to rethink the delicate balance between economic progress driven by energy generation in Brazil and also the negative impact on the livelihood of the country's most vulnerable communities.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Bernal, PhD in Sustainable Development, Post-Doctoral Researcher, INCT- ODISSEIA, Centro de Desenvolvimento Sustentável, Brasília, DF, Brazil

Sociólogo pela Universalidade Mayor de San Andrés (UMSA) e Mestre e Doutor em Gestão Ambiental e Políticas Públicas para o Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UNB-CDS). Pesquisador atual do projeto INCT-ODISSEIA, com experiência em avaliações socioambientais em projetos realizados para o Estado Boliviano e a Cooperação Internacional (2010-2015) com atuação em adaptação e redução de vulnerabilidade às mudanças climáticas e análise de impactos sociais e ambientais da população das regiões amazônicas, áridas, semiáridas e andinas da Bolívia e do Brasil.

Rodrigues-Filho, PhD in Natural Sciences, Associate Professor, Centro de Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brazil

Editor temático da revista científica Journal of Soils and Sediments – SPRINGER. Coordenador da Sub-Rede em Desenvolvimento Regional da Rede-Clima (MCT-INPE). Coordenador do Projeto LUPIS (Land Use Policy and Sustainable Development in Developing Countries), UnB-European Comission (2007-2011). Representante do Brasil no Painel de Alto Nível sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU em Nova York (2012). Coordenador científico do Projeto Mercúrio Global em Águas Internacionais (GEF-UNIDO, 2001-2004). Coordenador dos Projetos Mercúrio Poconé (1989-1991), Mercúrio Alta Floresta (1990-1991) e Mercúrio Itaituba (1991-1993) pelo CETEM-MCTI onde foi chefe do Serviço de Gestão Ambiental (2002-2004). Geólogo pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ, 1986) e Mestre em Geociências (Geoquímica) pela Universidade Federal Fluminense (UFF, 1993). Doutor em Ciências Naturais - Universitat Heidelberg, Alemanha (1999, Magna Cum Laude), Pós- Doutorado em Estudos Ambientais pela University of California, Santa Cruz e University of California, Merced (2014/2015) e em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB, 2005).

Gabriela Litre, PhD in Sustainable Development, Full Associate Researcher, Guest Professor, Centro de Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília, Brasília, Brazil

Coordenadora do Lote 5 do projeto INCT-ODISSEIA. Pesquisadora com foco nas áreas de políticas públicas para a adaptação e redução de vulnerabilidade às mudanças climáticas na agricultura familiar / áreas urbanas e periurbanas brasileiras dos Biomas: Cerrado, Caatinga e Amazônia.  Cientista social (Bacharel em Comunicação Social, Universidade del Salvador, Argentina), especializada no diálogo entre ciência, gestão e políticas públicas e cooperação internacional para o desenvolvimento sustentável. Possui pós-doutorado (2016) e doutorado (2010) em Gestão Ambiental e Políticas Públicas para o Desenvolvimento Sustentável (CDS-UnB). Doutorado em Geografia e Ordenamento Territorial Urbano (IHEAL, Université Paris 3, Sorbonne-Nouvelle, 2010, mention Très Honorable) e mestrado em Globalisation and Latin American Development pela Universidade de Londres - Institute of Latin American Studies (2004).

References

ALBUQUERQUE, M.; SANTOS, A.; ARAÚJO, A. Toré Atikum: etnofotografia do encantamento. Tellus, n. 11, n. 6, p. 173-179, 2006.

ALIER, J. M. O ecologismo dos pobres: conflitos ambientais e linguagens de valoração. São Paulo: Contexto, 2007.

ANEEL. Capacidade de Geração do Brasil. Banco de Informações de Geração – BIG, abril 09, 2019. Acessado em 14/08/2020, available in: <http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/capacidadebrasil.cfm>.

AZEREDO, R. Toré e jurema: emblemas indígenas no Nordeste do Brasil. Cultura indígena/artigos, p. 43-45, 2009.

BARRETO, L. Eutrofização em Rios Brasileiros. Enciclopédia Biosfera. Centro Científico Conhecer, v. 9, n. 16, p. 2165, 2013.

BERNAL, N.; RODRIGUES-FILHO, S. Impactos e percepções sociais das mudanças climáticas na comunidade indígena Tentamí da Bolívia. Revista Vínculos, v. 17, p. 1-38, 2020. doi:10.14483/2322939x.15599.

BERQUE, A. Paisagem Marca, Paisagem Matriz: elementos da problemática para uma geografia cultural. In: CORRÊA, R. L.; ROSENDAHL, Z, (Org.). Paisagem, Tempo e Cultura, p. 84-91. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1998.

BONNEMAISON, J. Culture and Space. Conceiving a new cultural geography. London, New York: I. B. Taurus., 2005.

BULLARD. R. The quest for environmental justice. Human Rights and the politics of pollution. San Francisco: Sierra Club Books, 2005.

BULLARD. R. Unequal Protection: environmental justice and communities of color. San Francisco: Sierra Book Club, 392p., 1994.

CHARMAZ, K. A construção da teoria fundamentada: guia prático para análise qualitativa. Porto Alegre: Artme, 2009.

CHOU, S. C. et al. Assessment of Climate Change over South America under RCP 4.5 and 8.5. Downscaling Scenarios. American Journal of Climate Change, v. 3, p. 512-525, 2014.

CLAVAL, P. Los fundamentos actuales de la geografía cultural. Paris. France: Université de Paris-Sorbonne. Laboratoire espace et cltures 191, 1998.

COSGROVE, D. E. Em direção a uma Geografia Cultural Radical: problemas de teoria. In: CORRÊA, R. L.; ROSENDAHL, Z. (Org.). Introdução à Geografia Cultural, p. 103-134. 3rd. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. 2010.

COSTA, A. et al. A vulnerabilidade social das culturas minoritárias no Brasil contemporâneo: o caso dos índios Tuxás. XVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS. Caxambu-MG – Brasil, 2008.

CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre: Artmed, 2007.

CRUZ, F. Entre Índios e Sertanejos: o povo indígena Tuxá e a retórica desenvolvimentista chesfiana em Itaparica. Wamon, v. 3, n. 1, 2018.

DESCOLA, P. Par-delà Nature et Culture. Paris: Gallimard. 2005.

DUNCAN, J. S. A cidade como texto: as políticas de interpretação da paisagem no reino Kandyan. Cambridge: Cambridge University Press, 1990.

ELLIS, F. A Livelihoods Approach to Migration and Poverty Reduction. The Journal of Development of Studies, v. 36, 2003.

FERNANDES, A. Os índios Tuxá na rota do desenvolvimento: violações de direitos. Brasília: Dissertação (Mestrado). – Centro de Desenvolvimento Sustentável. Universidade de Brasília (UNB), 2015.

FUKS, M. Reflexões sobre o paradigma da economia ecológica para a gestão Ambiental. Estudos Avançados, v. 26, n. 74, 2012.

GARCÍA. J. Antropología del Territorio. Madrid: Taller de Ediciones Josefina Betancor. 350 p., 1976.

GOTTMANN, J. The Significance of Territory. Chalottesville: University Press of Virginia, 1973.

HALBWACHS, M. La mémoire collective. Paris: Albin Michel [ed. original 1950], 1979.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Demográfico 2010. Características gerais da população, religião e pessoas com deficiência. Rio de Janeiro Brasil: IBGE, 2012.

INGOLD, T. The Perception of the Environment: essays in Livelihood, Dwelling and Skill. London: Routledge, 2000.

INGOLD, T. Culture, nature, environment: steps to an ecology of life. In: INGOLD, T. The perception of the environment: essays on livelihood, dwelling and skill. London: Routledge, p. 13-26, 2002.

KERN, S. The Culture of Time and Space 1880-1918. Cambridge: Harvard University Press, 1983.

KOIFMAN, S. Electric power generation and transmission: the impact on indigenous peoples in Brazil. Cad. Saúde Pública, v. 17, n. 2, p. 413-423. Rio de Janeiro, mar./abr., 2001.

LINDOSO, D. et al. Uma Odisseia no campo socioambiental da pesquisa transdisciplinar. Bases epistemológicas para a coconstrução do conhecimento do projeto INCT-Odisseia, estudo de caso do Baixo São Francisco. Texto para Discussão. (Série Working Papers N. 5), 2020.

LORENZON, A. Itaipu royalties: the role of the hydroelectric sector in water resource management. Journal of Environmental Management, v. 187, p. 482-489.

LWOGA, E. T.; NGULUBE, P.; STILWELL, C. Understanding indigenous knowledge: bridging the knowledge gap through a knowledge creation model for agricultural development. SA Journal of Information Management, v. 12, n. 1, Art. #436, 2010, 8 p. DOI: 10.4102/sajim.v12i1.436.

MARENGO, J. Vulnerabilidade, impactos e adaptação à mudança do clima no semi-árido do Brasil. Parcerias Estratégicas, n. 27, Brasília, DF, 2008.

MAY, P. Economia do Meio Ambiente. Sociedade Brasileira de Economia Ecológica – Ecoeco. Elsevier. 3. ed., 2018.

MULLEN, R. P. Xingu, a maior usina hidrelétrica do Brasil e o caso Assurini. In: MULLEN, R. P. (Org.). O Cerco está se Fechando, p. 114-129. Rio de Janeiro: Editora Fase/Editora Vozes/Belém: Núcleo de Altos Estudos na Amazônia, Universidade Federal, 1991.

NAINME, R. Impactos Socioambientais de Hidrelétricas e Reservatórios nas Bacias Hidrográficas Brasileiras. Monografias Ambientais. Remoa, UFSM. Naime, v. 9, n. 9, p. 1924-1937, 2012.

NOBRE, P.; MELO, A. Variabilidade Climática Intrassazonal sobre o Nordeste do Brasil em 1998-2000. Revista Climanálise, Cachoeira Paulista, SP, 2001.

NONAKA, I.; TOYAMA, R.; KONNO, N. Seci, ba and leadership: a unified model of dynamic knowledge creation. Long Range Planning, v. 33, p. 5-34, 2000.

PEBERDY, P. Report of a Survey on Amerindian Affairs in the Remote Interior: with additional notes on coastland population groups of amerindian origin. British Guiana. January. Colonial Development and Welfare Scheme, n. D.246, 1948.

POLANYI, M. Personal knowledge: towards a post-critical philosophy. University of Chicago Press, Chicago, 1962.

RODRIGUES-FILHO, S.; BURSZTYN, M. O clima em transe. Vulnerabilidade e adaptação da agricultura familiar. Rio de Janeiro: Garamond, 2016, 352 p.

RODRIGUES-FILHO, S.; SANTOS, A. Um Futuro Incerto. Mudanças Climáticas e a Vida no Planeta. Rio de Janeiro: Garamond, 2011, 112 p.

ROSENDAHL, Z. Tempo e temporalidade, espaço e espacialidade: a temporalização do espaço sagrado. In: Uma procissão na geografia (on-line), p. 247-273. Rio de Janeiro: Eduerj, 2018.

SALOMÃO, R. Tradição, práticas rituais e afirmação étnica entre os Tuxá de rodelas. Cadernos do Leme, Campina Grande, v. 3, n. 1, p. 02-24, 2011.

SANTOS, S. C.; NACKE, A. Povos indígenas e desenvolvimento hidrelétrico na Amazônia. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 8, p. 71-84, 1988.

SIMMEL, G. Sociologia: estúdios sobre las formas de socialización. Madrid: Tradução de J. Pérez Bances. Revista de Occidente, v. 1, 1926.

SIMMEL. G. A metrópole e a vida mental. In: VELHO, O. G. (Org.). O fenômeno urbano, p. 13-28. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1979.

SMITH, V. H.; SCHINDLER, D. W. Eutrophication science: where do we go from here? Trends in Ecology and Evolution, v. 24, p. 201-207, 2009.

SOJA, E. W. Fostmodern Geographies: the reassertion of the space in critical social theory. Londres, Nueva York: Verso, 1989.

TEDDIE, C.; TASHAKKORI, A. Foundations of Mixed Methods Research: integrating quantitative and qualitative approaches in the social and behavioral sciences. London: Sage, 2009.

VIEIRA, E.; SANTOS, R.; CARELLI, L. Identificação de território indígena: uma reconstituição histórica e geopolítica do povo Tuxá (Rodelas – BA). XVII SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO - SBSR. Anais […]. João Pessoa – PB, Brasil, Inpe 7133, 2014.

WAGNER, R. A invenção da cultura. São Paulo: Cosac Naify. 2012

Downloads

Published

2021-04-29

Versions

How to Cite

Dávalos, N. B., Rodrigues-Filho, S., & Litre, G. . (2021). The impacts of the construction of hydroelectrics on indigenous communities. Displacement, division and pilgrimage among The Tuxá peoples of Bahia state, Brazil . Sustainability in Debate, 12(1), 220–235. https://doi.org/10.18472/SustDeb.v12n1.2021.36587

Most read articles by the same author(s)

1 2 3 4 > >>