Influência do isolamento provocado pela pandemia da COVID-19 no convívio social e efeitos psicológicos em indivíduos do Distrito Federal
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.5921138Palavras-chave:
Distanciamento social, Saúde-mental, Brasil, Brasília, COVID-19Resumo
Introdução: Diante da literatura, ainda há a correlação entre iniquidades socioeconômicas e o risco aumentado para comprometimentos em saúde mental, o que faz com que, portanto, indivíduos em vulnerabilidade ou sem possibilidade de isolamento estejam mais expostos ao risco de infecção pelo SARS-CoV-2 e, em adição a isso, a diversos outros determinantes que impactam diretamente na percepção dos indivíduos sobre a pandemia, como instabilidade alimentar e financeira, desemprego, falta de acesso à internet e comprometimento escolar de crianças, jovens e adultos. Objetivo: Apreender a percepção de indivíduos que vivenciaram o distanciamento social promovido pela pandemia da COVID-19 e suas repercussões sobre o convívio social. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, de abordagem qualitativa, realizado com indivíduos que vivenciaram o isolamento social em decorrência da pandemia da COVID-19. Constituíram a amostra intencional e consecutiva os indivíduos maiores de 18 anos que residem no Distrito Federal, na qual foram submetidos ao preenchimento de um questionário composto, então, por 7 questões sociodemográficas e 1 questão sobre vivência durante a pandemia, na qual foi investigado a idade dos participantes, sexo, renda individual, habitação, se manteve isolamento social além de como o indivíduo vivenciou ou vivencia o isolamento social durante a pandemia. Resultados: Dentre os 31 indivíduos que participaram do estudo, houve predominância do sexo feminino (67,7%). Quanto à idade e habitação, a maioria encontra-se na faixa etária entre 18 e 25 anos (51,60%) e moram com pai/mãe (47,7%). Acerca da escolaridade e renda individual, percebe-se que a maioria possui ensino superior completo (45,2%) e renda maior que 5 salários mínimos (29,0%). Evidenciam-se, em suas narrativas, sentimentos de preocupação e ansiedade que preponderaram sobre os demais. Se fazem presentes, ainda, questões sobre a percepção de tempo, relatos de convivência familiar e interação social, relatos do dia a dia com consequentes mudanças decorrentes da pandemia, e a singela presença de sentimentos positivistas. Conclusão: Foi perceptível diante do estudo um aumento dos efeitos psicológicos negativos de ansiedade, estresse, insônia, irritabilidade e rebaixamento de humor, durante a vivência no isolamento social, principalmente na modalidade Home Office.
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