Merê
territórios e territorialidades do cinema de cozinha
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.2648122Palavras-chave:
Cinema de cozinha, Cinema negro no feminino, Merê, Mulheres negras, TerritorialidadeResumo
Historicamente, a “cozinha foi para mulheres negras o território possível para engendrar levantes, revoluções”, afirma a cineasta Urânia Munzanzu, ao conceituar o “cinema de cozinha” como o lugar onde a “revanche” negra acontece. Território e territorialidade de magia e poder, na cozinha também se alimenta o corpo e são reestabelecidas as liga- ções com os ancestrais. O artigo analisa o filme Merê, de 2017, da primeira cineasta negra brasileira a dirigir um filme gravado no continente africano, Urânia Munzanzu, e toma sua concepção de “cinema de cozinha” para refletir o cinema negro no feminino como resistência e aquilombamento.
Downloads
Referências
ALEXANDER, M. Jacqui. Pedagogies of crossing: meditations on feminism, sexual politics, memory, and the sacred. Durham; London: Duke University Press, 2005.
ASANTE, Molefi Kete. Afrocentricidade: notas sobre uma posição disciplinar. In: NASCIMENTO, Elisa L. (Org.). Afrocentricidade: uma abordagem epistemológica Inovadora. São Paulo: Selo Negro, 2009.
BASTIDE, Roger. As Américas negras: as civilizações africanas no novo mundo. São Paulo: Difel/USP, 1974.
CANDIDO, Marcia R.; MORATELLI, Gabriella; DAFLON, Verônica T.; FERES JÚNIOR, João. A cara do cinema nacional: gênero e cor dos atores, diretores e roteiristas dos filmes brasileiros (2002-2012). Textos para Discussão GEMAA, Rio de Janeiro, n. 6, p. 1-24, 2014. Disponível em: <http://gemaa.iesp.uerj.br/publicacoes/textos-para-discussao/tpd6.html>. Acesso em: 20/10/2018.
CHIZIANE, Paulina. Nicketche: uma história de poligamia. São Paulo: Cia. das Letras, 2004.
DIOP, Birago. Ancestralidade (poema). Disponível em: <http://maritaca.blogspot.com/2006/12/ancestralidade-birago-diop.html>.
NASCIMENTO, Beatriz. A terra é o meu quilombo. 1989. Disponível em: <https://www.imprensaoficial.com.br/downloads/pdf/projetossociais/eusouatlantica.pdf>. Acesso em: 10/10/2018.
NETO, António Agostinho. Sagrada esperança. Disponível em: <http://www.agostinhoneto.org/index.php?option=com_content&view=category&id=45:sagrada-esperanca&Itemid=233&layout=default>. Acesso em: 16/01/2019.
OLIVEIRA, Eduardo David. Filosofia da ancestralidade: corpo de mito na filosofia da educação brasileira. Curitiba: Editora Gráfica Popular, 2007.
PARÉS, Luis Nicolau. Terreiro do Bogum. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Terreiro_do_Bogum>. Acesso em: 12/10/2018.
RAMOS, Carla. Queering the archives: black women intellectuals in Brazil. 38 ILASSA Conference of the Institute of Latin American Studies. Universidade do Texas (at Austin). Comunicação, 3-5 mar. 2018.
SMITH, Christen Anne. Towards a black feminist model of black atlantic liberation: remembering Beatriz Nascimento. Meridians: feminism, race, transnationalism, v. 14, n. 2, p. 71-87, 2016.
SOMÉ, Sobonfu. O espírito da intimidade: ensinamentos ancestrais africanos sobre maneiras de se relacionar. 2. ed. Tradução Deborah Weinberg. São Paulo: Odysseus, 2007.
SOUZA, Edileuza Penha de. Cinema na panela de barro: mulheres negras, narrativas de amor, afeto e identidade. 204f. Tese (Doutorado em Educação) ”“ Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2013.
______. Festival de cinema de Avança. Contando nossas histórias: mulheres negras arquitetando o cinema brasileiro. In: Avanca Cinema International Conference, 2016.
SOUZA, Edileuza Penha; FERREIRA, Ceiça. Formas de visibilidade e (Re)existência no cinema de mulheres negras. In: HOLANDA, Carla; TEDESCO, Marina Cavalcanti (Org.). Feminino e plural: mulheres no cinema brasileiro. 1. ed. Campinas: Papirus Editora, 2017. p. 175-186.
SANTOS, Ellen Cristina Ramos dos; SOUZA, Edileuza Penha de. O dia de Jerusa: representações de gênero, identidade, memória e afetos. Revista Gênero, v. 17, n. 1, p. 67-81, 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Marisol Adelaide Correa, Edileuza Penha de Souza, Carla Ramos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores mantém os direitos autorais e concedem à Revista do CEAM o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.