A eufemização do protagonismo feminino
o descrédito ao trabalho realizado por mulheres que movem montanhas pela ciência e saúde no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.5984804Palavras-chave:
Brasil, Mulher, Produção Científica, Resiliência, Saúde, Sexo FrágilResumo
O artigo em ênfase possui como escopo a desmistificação do rótulo de sexo frágil atribuído à figura feminina no Brasil, através da demonstração da luta dessas protagonistas em alguns dos contextos laborais mais difíceis de se fazer parte, quais sejam o campo de produção científica e o da saúde. Isto posto, embora seja cógnito que parcela considerável do estereótipo feminino no que tange ao trabalho seja oriundo de raízes pretéritas e estruturais fruto de um país outrora patriarcal e essencialmente machista, a propagação de tal ideal ainda na sociedade brasileira hodierna é de responsabilidade do cidadão tupiniquim contemporâneo. Por conseguinte, conforme a referida linha de raciocínio, ao perceber o cerne da problemática, é dever e compromisso colaborativo em consonância tanto do homem quanto da mulher a busca pela ruptura dessa realidade cruciante que permanece afligindo o corpo social brasileiro. Para atingir os fins deste escrito, utilizou-se a pesquisa em base de dados científica SciELO, CAPES, RT online, LILACS, bem como em portais virtuais governamentais.
Palavras-chave: Mulher. Produção Científica. Saúde. Sexo Frágil. Resiliência.
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