RACISMO INSTITUCIONAL E POVOS INDÍGENAS: DAS PRÁTICAS ASSIMILADAS ÀS ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO

Autores

Palavras-chave:

Racismo Institucional, Justiça Criminal, Povos Indígenas, Colonialidade, Decolonialidade

Resumo

O artigo aborda o racismo institucional presente no sistema de justiça criminal brasileiro. Nesse contexto, indaga como o racismo institucional opera contra os povos indígenas. No primeiro item, aborda a colonialidade e o racismo incrustado no sistema de justiça criminal brasileiro, apontando um perfil desigual entre quem julga e quem é julgado. O segundo item, através da análise de relatórios produzidos por órgãos oficiais e organizações da sociedade civil, demonstra como o sistema de justiça criminal brasileiro assimilou o racismo nas suas práticas. No último item, discute possibilidades de enfrentamento da questão, compreendendo que o Direito não é emancipatório, mas os movimentos dos grupos subalternizados que recorrem à lei para dar continuidade a sua secular luta. O conhecimento do Direito é instrumento de empoderamento da sociedade civil, que pode usá-lo para alcançar o acesso a direitos. Mas também, é capaz de ser plano de fundo de reivindicações por transformações, quando não está mais acompanhando as necessidades do povo. Conclui que, ao perpetuar o ideal integracionista e não considerar as especificidades inerentes às pessoas indígenas, o sistema de justiça criminal contribui para o seu etnocídio. Diante disso, aponta a necessidade de valorização de formas contra-hegemônicas de interpretar e aplicar o Direito, como aquelas derivadas de estudos decoloniais, anti e póscoloniais. A pesquisa, de caráter qualitativo e método dedutivo, utiliza revisão bibliográfica e pesquisa documental.

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Biografia do Autor

Bruna Hoisler Sallet, Universidade Federal de Pelotas, UFPel, Brasil.

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Direito na Universidade Federal de Pelotas, bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Graduada em Direito pela Universidade Federal de Pelotas (2019), com mobilidade acadêmica internacional na Universidade de Coimbra. Integrante do Libertas ”“ Programa Punição, Controle Social e Direitos Humanos, da Faculdade de Direito da UFPel.

Thais Bonato Gomes, Universidade Federal de Pelotas, UFPel, Brasil

Mestranda em Direito no Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas-RS. Especialista em Direito do Trabalho pela Universidade Franciscana (UFN), Santa Maria-RS. Graduada em Direito pelo Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria-RS. Advogada. Integrante do Libertas: Programa Punição, Controle Social e Direitos Humanos. Integrante e advogada voluntária no Projeto de Extensão Defensa- Assessoria Criminal Popular. Membra da Clínica Jurídico-Penitenciária, na Faculdade de Direito da UFPel.

Bruno Rotta Almeida, Universidade Federal de Pelotas, UFPel, Brasil

Pós-Doutor em Criminologia e Sociologia Jurídico-Penal pela Universidade de Barcelona. Doutor e Mestre em Ciências Criminais pela PUCRS. Professor da Faculdade de Direito e do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Pelotas. Coordenador do Libertas ”“ Programa Punição, Controle Social e Direitos Humanos, da UFPel.

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Revista Direito.UnB |Maio - Agosto, 2021, V. 05, N. 2

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Publicado

2021-08-31

Como Citar

HOISLER SALLET, Bruna; BONATO GOMES, Thais; ROTTA ALMEIDA, Bruno. RACISMO INSTITUCIONAL E POVOS INDÍGENAS: DAS PRÁTICAS ASSIMILADAS ÀS ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO . Direito.UnB - Revista de Direito da Universidade de Brasília, [S. l.], v. 5, n. 2, p. 153–182, 2021. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/revistadedireitounb/article/view/36496. Acesso em: 3 dez. 2024.

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