Paisagem cultural e políticas públicas do Patrimônio Mundial no Brasil (2012-2019)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/patryter.v4i7.30394

Palavras-chave:

Patrimônio Mundial. paisagem cultural. políticas públicas. narrativas. memória.

Resumo

O conceito de paisagem cultural, historicamente associado à ciência geográfica, foi interpretado como uma tipologia do Patrimônio Mundial e incorporado pelo Comitê da UNESCO em 1992. O artigo objetiva a compreensão deste conceito e das tipologias dele derivadas e operadas pela UNESCO, nos dois casos ocorridos no Brasil: “Rio de Janeiro: paisagens cariocas entre o mar e a montanha” e “Conjunto Moderno da Pampulha”. Após a análise dos dossiês de candidatura ao título de Patrimônio Mundial foi possível identificar os usos da memória e as construções narrativas derivados da confluência do conceito de paisagem cultural e das políticas públicas dos campos do patrimônio brasileiro e mundial. O resultado são os discursos que consagraram esses dois sítios brasileiros como paisagens culturais excepcionais, mundialmente reconhecidas.

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Biografia do Autor

Leonardo Civale, Universidade Federal de Viçosa, UFV

Professor doutor da UFV

Walkiria Maria Freitas Martins, Universidade Federal de Juiz de Fora, UFJF

Professora do Colégio de Aplicação João XXIII, UFJF

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Publicado

27-02-2021

Como Citar

Civale, L., & Martins, W. M. F. (2021). Paisagem cultural e políticas públicas do Patrimônio Mundial no Brasil (2012-2019). PatryTer, 4(7), 90–106. https://doi.org/10.26512/patryter.v4i7.30394

Edição

Seção

Artigos