Ativação popular do espaço público na América Latina - pracialidade, monumento e patrimônio-territorial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/patryter.v3i6.32310

Palavras-chave:

Espaço público. monumento. patrimônio-territorial. Camagüey. Goiânia. América Latina.

Resumo

Este artigo tem por objetivo analisar, a partir dos espaços públicos de Camagüey (Cuba) e Goiânia (Brasil), a relação entre os sujeitos e os monumentos. Nesse sentido, a Praça Ignacio Agramonte, em Camagüey, é significativa nos aspectos culturais e arquitetônicos, bem como demanda as experiências cotidianas dos sujeitos com a figura heroica do monumento a Ignacio Agramonte. Da mesma forma, a formação da Praça do Bandeirante, em Goiânia, tem sua essência associada à esfera político-cultural que emerge do processo de construção da cidade e implica nas formas de socialização, logo, o monumento ao Bandeirante desperta o interesse em compreender os sentidos políticos e/ou lúdicos representados pela estátua. Metodologicamente, trata-se da ativação popular do espaço público à luz do patrimônio-territorial, reforçando essa busca pela compreensão de usos e funções nos/dos espaços públicos das cidades latino-americanas e as possibilidades nas relações destes com os monumentos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Larissa Alves de Sousa, Universidade de Brasilia, UnB

Mestre em Geografia pela UnB, Brasil.

Referências

Alves, V. J. R. (2019). As rodas de samba do Distrito Federal brasileiro, patrimônio-territorial latinoamericano, expressão de resistência espacial negra. Tese de Doutorado em Geografia, Universidade de Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Calero, C. G. M; Delgado, C. R. A; Armas, A. D. (2014). Espacio público, conflicto y convivencia: la plaza Primero de Mayo en Santa Cruz de Tenerife (Canarias). Scripta Nova, 18(476). Recuperado em 5 janeiro, 2020, de http://www.ub.edu/geocrit/sn/sn-476.htm.

Canclini, N. G. (2012). A Sociedade sem Relato: Antropologia e Estética da Iminência. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.

Costa, E. B.; Scarlato, F. C. (2019). Geografía, método y singularidades revisadas en lo empírico. Geousp: Espaço e Tempo, 23(3), 640-661. Recuperado em 23 fevereiro, 2020, de https://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/161552/158259.

Costa, E. B. (2018). Riesgos y potenciales de preservación patrimonial en América Latina y el Caribe. Investigaciones Geográficas, (96), 01-26. Recuperado em 5 junho, 2019, de http://www.scielo.org.mx/pdf/igeo/n96/2448-7279-igeo-96-00006.pdf.

Costa, E. B. (2016, maio). Utopismos patrimoniais pela América Latina - resistências à colonialidade do poder. Anais Colóquio Internacional de Geocrítica. Barcelona, Catalunha, 14.

Costa, E. B. (2017). Ativação popular do patrimônio-territorial na América Latina: teoria e metodologia. Cuadernos de Geografía: Revista Colombiana de Geografía, 26(2), 53”“75. Recuperado em 11 abril, 2020, de http://www.scielo.org.co/pdf/rcdg/v26n2/0121-215X-rcdg-26-02-00053.pdf.

Costa, E. B. (2015). Cidades da patrimonialização global: simultaneidade totalidade urbana ”“ totalidade ”“ mundo. São Paulo: Humanitas.

Corrêa, R. L. (2005) Monumentos, política e espaço. Scripta Nova, 9(183). Recuperado em 10 fevereiro, 2020, de http://www.ub.es/geocrit/sn/sn-183.htm.

Choay, F. (2006). A Alegoria do Patrimônio. São Paulo: Unesp.

Chaos, M. T. (2011). La diversidad cultural y el respeto por la autenticidad de un sitio: Santa María del Puerto del Príncipe, actual Camagüey. Apuntes, 24(2), 276-287. Recuperado em 13 abril, 2020, de http://www.scielo.org.co/pdf/apun/v24n2/v24n2a11.pdf.

Daher, T. (2003). Goiânia, uma utopia européia no Brasil. Goiânia: Instituto Centro-Brasileiro de Cultura.

Dussel, E. (2005). Europa, Modernidade e Eurocentrismo. In Lander, E. (Org.). Colonialidade do saber. Eurocentrismo e ciências sociais (pp. 55-70). Buenos Aires: Clacso.

Fernández-Droguett, R. (2017). La producción social del espacio público en manifestaciones conmemorativas, Santiago de Chile, 1990-2010. EURE, 43(130), 97-114. Recuperado em 5 abril, 2020, de https://www.eure.cl/index.php/eure/article/view/2184/1034.

Gomes, P. C. C. (2012). A Condição Urbana: ensaios de Geopolítica da Cidade. Rio de Janeiro: Bertrand.

Gomes. P. C. C. (2001). Religião, identidade e território. In Rosendahl, Z; Corrêa, R. L. (Orgs.). A cultura pública e o espaço: desafios metodológicos (pp. 93-114). Rio de Janeiro: EdUERJ.

Halbwachs, M. (2003). A memória coletiva. São Paulo: Centauro.

Holstensky, I. L. (2018). Patrimônio-territorial em Olinda-PE: comunidade quilombola Portão do Gelo - valorização da cultura afro-latino-americana. Dissertação de Mestrado em Geografia, Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Monumentos e Espaços públicos tombados. Consultado em Setembro, 20, 2019. Recuperado em 20 junho, 2020, de http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/261.

Lafuente, J. (2019). A desigualdade mobiliza latinos a voltarem às ruas para protestar. Recuperado em 15 janeiro, 2020, de https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/26/internacional/1572112346_368643.html.

Le Goff, J. (2013). História e Memória. Campinas: São Paulo, Editora da UNICAMP.

Mignolo, W. (2005). A colonialidade de cabo a rabo: o hemisfério ocidental no horizonte conceitual da modernidade. In Lander, E. (Org.). Colonialidade do saber, Eurocentrismo e ciências sociais (pp. 33-49). Buenos Aires: Clacso.

Nora, P. (1993). Entre História e Memória: a problemática dos lugares. Projeto História, 10, 7-28. Recuperado em 10 maio, 2020, de https://revistas.pucsp.br/revph/article/view/12101/8763.

Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. (2008). Propriedade para inscrição no Patrimônio Mundial e Cenário Histórico Urbano de Camagüey. Recuperado em 16 setembro, 2019, de https://whc.unesco.org/uploads/nominations/1270.pdf.

Oliveira, A. F; Chaveiro, E. F. (2008). Desigualdades sócio-espaciais, democracia e gestão metropolitana: análise do desempenho institucional em Goiânia (1997-2007). Boletim Goiano de Geografia, 28(2), 187-202. Recuperado em 10 setembro, 2019, de https://www.revistas.ufg.br/bgg/article/view/5743/4538.

Pelá, M. C. H. (2014). Uma nova (des)ordem nas cidades: o movimento dos sujeitos não desejados na ocupação dos espaços urbanos das capitais do Cerrado ”“ Goiânia, Brasília e Palmas. Tese de Doutorado em Geografia, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil.

Pereira, E. M. C. (1997). O Estado Novo e a Marcha para o Oeste. Revista História, 2(1), 113-129. Recuperado em 5 abril, 2020, de https://www.revistas.ufg.br/historia/article/view/17483/10430.

Queiroga, E. F. (2012). Dimensões públicas do espaço contemporâneo: resistências e transformações de territórios, paisagens e lugares urbanos brasileiros. Tese de Doutorado em Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.

Queiroga, E. F. (2003). Território Brasileiro: usos e abusos. In Souza, M. A. (Org.). O lugar da praça: pracialidades contemporâneas na Metrópole do Sudeste Brasileiro (pp. 130-145). Campinas, SP: Territorial.

Quijano, A. (2005). A colonialidade do saber eurocentrismo e ciências sociais. In Lander, E. (Ed.). A Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina (pp. 117-142). Buenos Aires: Clacso.

Ribera, C. E. (2019). Plazas mayores y alamedas de México, una reflexión desde la geografía histórica. Investigaciones Geográficas, (100), 1-14. Recuperado em 8 abril, 2020, de http://www.investigacionesgeograficas.unam.mx/index.php/rig/article/view/60017.

Serpa, A. (2007). O espaço público na cidade contemporânea. São Paulo: Contexto.

Tamames, M. A. H. (2001). De la Plaza de Armas al Parque Agramonte: iconografía, símbolos y significados. Camagüey: Editorial Ácana.

Valverde, R. R. H. F. (2018). O sentido político do Monumento à s Bandeiras, São Paulo: condições e oportunidades para a multiplicação de narrativas a partir da transformação do espaço público. PatryTer, 1(2), 29-40. Recuperado em 20 junho, 2020, de https://periodicos.unb.br/index.php/patryter/article/view/10117/11362.

Downloads

Publicado

01-09-2020

Como Citar

Sousa, L. A. de. (2020). Ativação popular do espaço público na América Latina - pracialidade, monumento e patrimônio-territorial. PatryTer, 3(6), 219–233. https://doi.org/10.26512/patryter.v3i6.32310

Edição

Seção

Cidades e patrimonialização na Améria Latina - Gecipa