Turismo religioso e devoção nas caravanas do Santuário Metropolitano Sertanejo de Canindé, Brasil.
DOI:
https://doi.org/10.26512/patryter.v3i5.25193Palavras-chave:
Turismo. religião. espaço simbólico. Caravana. Santuário Sertanejo do CanindéResumo
O presente artigo tem por objetivo ultrapassar a dicotomia entre a modernidade do turismo religioso e a tradição da peregrinação penitente, dando uma atenção especial à s estruturas temporais de ereção e organização das caravanas. De fato, tanto o turismo quanto a peregrinação compartilham a experiência central que reside nos transportes e circulações. Com efeito, a coleta de dados sustentada com o uso de entrevistas informais, observações simples e participantes, pesquisa documental e bibliográfica. O lugar escolhido é o Santuário de São Francisco das Chagas de Canindé, no Estado do Ceará. Prontamente, somos tomados pela dimensão histórica do território sertanejo e a construção simbólica do lugar de milagres e prodígios; pela subjetividade e misticismo do ato de fazer peregrinação; pelo debate de uma nova racionalidade técnica dos transportes e fretamentos turísticos, e por conseguinte novas maneira de absorção de espaços e equipamentos religiosos no turismo no Ceará. A imaginação volta à tona, porque as viagens em peregrinação abrangem à existência de uma realidade transcendente, uma predileção pelos centros de irradiação e convergência dos fenômenos religiosos enraizados em antigas tradições, narrativas e representações.
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