Copresença e interação em espaços públicos em Arapiraca, Alagoas
a restrição do contato entre indivíduos de grupos sociais diferentes
DOI:
https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n34.2023.03%20%20%20%20Palavras-chave:
Espaço público, contatos sociais, segregação urbana, restrição do contato, praçasResumo
A possibilidade de contatos entre pessoas de diferentes grupos sociais é uma das principais contribuições dos espaços públicos à vida em sociedade e à negociação das diferenças. Entretanto, estudos sobre a segregação socioespacial têm se concentrado mais nos efeitos da localização das residências na restrição do contato entre membros de diferentes grupos sociais do que propriamente no potencial que os espaços públicos como praças possuem para estimular ou dificultar esses contatos. Além disso, os trabalhos que buscam este último objetivo costumam ser de contextos fora do Brasil e se concentrar na segregação racial e étnica, e não na socioeconômica. Neste trabalho, analisamos duas praças em Arapiraca, Alagoas, por meio de entrevistas em profundidade, buscando entender como acontecem os contatos entre membros de grupos sociais distintos e, principalmente, como e por que acontece a restrição desse contato. Os resultados mostram que há três categorias de motivos para a restrição de contato: por atributos morfológicos, por atributos socioeconômicos e por atributos individuais. A partir de um melhor entendimento sobre essas causas, podemos pensar políticas públicas, em diversos âmbitos, que nos permitam promover espaços que estimulem a copresença e a interação de pessoas de diferentes grupos socioeconômicos.
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