Projeto de assentamento Maisa: conflito entre os saberes técnico e popular no processo de planejamento físico-espacial do seu habitat
DOI:
https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n17.2016.11Palavras-chave:
Planejamento físico-espacial, Habitat, Conflitos entre saber técnico x popularResumo
Como o arquiteto e urbanista pode assimilar conhecimentos e aprimorar sua prática profissional a partir da vivência de situações em conflito existente entre o seu saber técnico e o saber popular no mundo rural? Este artigo relata o envolvimento deste profissional no planejamento e concepção do espaço dos habitats do assentamento Maisa (19.702 ha), remanescente de grande empresa fruticultora do RN. Corresponde a uma experiência pioneira no país, visto que pela primeira vez, uma instituição de assessoria técnica (AESCA) a movimento social (MST) contrata, de maneira legalizada - com aval do Estado, através do INCRA - profissional da arquitetura e urbanismo, introduzindo novos saberes. Assim, durante o ano de 2005, através de metodologia participativa, a equipe técnica, lideranças e assentados, coordenados pelo MST, conceberam o projeto dos habitats (denominados agrovilas pelo INCRA) Pomar, Apodi, Real e Montana. Foram experienciados conflitos quanto a: localização dos habitats; dimensão dos lotes de moradia; modelo da habitação; modo de construção (mutirão ou contratação de empreiteiras). Apreende-se que as decisões finais devem ser fruto da avaliação coletiva dos limites entre o saber popular e as necessidades técnicas, entendendo os momentos de ruptura e de dominação, para deles tirar partido.
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Referências
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