The Relation Between the Reduction of Land Occupations and the Changes in Confrontation over Agrarian Reform in Brazil

Authors

  • Ramon Torres Araujo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-UERJ)

DOI:

https://doi.org/10.26512/insurgncia.v1i2.18920

Keywords:

Land occupation. Repertoire of action. Agrarian reform. Contentious politics.

Abstract

This work has as objective to understanding the reduction of land occupations in Brazil. In the decade 1990’s, there was a trend to increase the number of occupations, reaching the peak in 1999, when there were 856 occupations. But from 2005 this trendhas reversed, reaching the mark of 116 actions in 2010. It was found that this phenomenon is related to four social conditions that express the changes in the confrontation over agrarian reform: the change in the political orientation of the organization that mostly employed this repertoire; the emergence of governments that do not recognize the occupation as a legitimate repertoire;the reduction of a contingent ofpeople to engage in these actions; the weakening of the support of relevant actors to the agrarian reform banner.

Author Biography

Ramon Torres Araujo, Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-UERJ)

É mestre em sociologia pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-UERJ) e atualmente cursa o doutorado na mesma instituição.

References

BARROCAL, André. No lugar da terra, financiamento. Carta Capital, São Paulo: 22-23, 6 fev. 2013.
BOITO Jr., Armando. Estado e burguesia no capitalismo neoliberal. Revista Sociologia Política, Curitiba, n. 28, jun. 2007: 57-73.
BORGES, Antonádia. O emprego na política e suas implicações teóricas para uma antropologia da política. Anuário Antropológico, Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 2006: 91-125.
BRINGEL, Breno. The MST Agenda for Emancipation: Interfaces Between National Politics and Global Contestation. In: CARDOSO, Adalberto; PIETERSE, Jan N. (Eds.) Development, inequality and emancipation in Brazil. London/New York: Routledge, 2014. p. 97-120.
COELHO, Douglas C. et. al.Conflitos entre ruralistas, camponeses e indígenas no Paraná. Boletim DATALUTA, Presidente Prudente, n. 72: 2-12, dez. 2013. Disponível em http://www2.fct.unesp.br/nera/boletimdataluta/boletim_dataluta_12_2013.pdf. Acesso em: 13 jan. 2015.
COLETTI, Claudinei. A trajetória política do MST: da crise da ditadura ao período neoliberal. 2005. 299 f. Tese (Doutorado em Ciência Política)”“ Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2005.
COMPARATO, Bruno Konder. A ação política do MST. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 15, n. 4, 2001: 105-118.
DELGADO, Guilherme. Do capital financeiro à economia do agronegócio: mudanças cíclicas em meio século (1965-2012). Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2012.
FERNANDES, Bernardo M. A ocupação como forma de acesso à terra. In: Congresso Internacional da Asociação de Estudos Latino-Americanos, 23, 2001, Washington-DC, Anais do XXIII Congresso Internacional da Associação de Estudos Latino-Americanos, 2001: 1-19. Disponível em http://lasa.international.pitt.edu/Lasa2001/FernandesBernardoPort.pdf. Acesso em: 2 jun. 2015.
_____. O MST e as reformas agrárias do Brasil. OSAL ”“ Observatório Social de América Latina, ano IX, n. 24, out. de 2008: 73-85.
FERNANDES, Bernardo M.; STÉDILE, João P. Brava gente. A trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1999.
FERREIRA, Juliana G. O. A luta agrorreformista da Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA) ”“ 1964-1974. 2013. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade) ”“ Instituto de Ciências Humanas e Sociais, CPDA, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.
FREITAS, R. et. al. O contexto das lutas sociais do campo nas cidades: mapeamento das manifestações no período de 2000-2012.
BoletimDATALUTA, Presidente Prudente, n. 77: 2-10, mai. 2014. Disponível em http://www2.fct.unesp.br/nera/boletimdataluta/boletim_dataluta_5_2014.pdf. Acesso em: 13 jan. 2015.
GAIGER, Luiz Inácio. As condições socioculturais do engajamento no MST. Estudos Sociedade e Agricultura, Rio de Janeiro, n. 13, out. 1999: 70-92.
GIRARDI, E.; PEREIRA, L.; ROSSETTO, O. Ações de luta pela terra no estado do Mato Grosso em 2011. Boletim DATALUTA, Presidente Prudente, n. 64: 2-10, abr. 2013. Disponível em http://www2.fct.unesp.br/nera/boletimdataluta/boletim_dataluta_4_2013.pdf. Acesso em: 13 jan. 2015.
_____; VINHA, J. Conjuntura da luta pela terra no Brasil: balanço e perspectivas. Boletim DATALUTA, Presidente Prudente, n. 75: 2-7, mar. 2014. Disponível em http://www2.fct.unesp.br/nera/boletimdataluta/boletim_dataluta_3_2014.pdf. Acesso em: 13 jan. 2015.
HEREDIA, B.; LEITE, S. P.; PALMEIRA, Moacir. Sociedade e Economia do “Agronegócio” no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 25, n. 74, out. 2010: 159-176.
IBOPE ”“ Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística. Reforma agrária conta com a simpatia dos brasileiros. mar. 1998. Disponível em http://www.ibope.com.br/pt-br/noticias/Paginas/Reforma%20agr%C3%A1ria%20conta%20com%20a%20simpatia%20dos%20brasileiros.aspx. Acesso em: 29 jan. 2015.
Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE). Pesquisa de Opinião Pública sobre a imagem do MST e do INCRA. São Paulo: IBOPE, fev. 2006. 57 p. Relatório técnico. Disponível em http://www.ibope.com.br/pt-br/noticias/Documents/opp025_mst_fev06.pdf. Acesso em: 29 jan. 2015.
_____. Avaliação Movimentos: MPM. São Paulo: IBOPE, mai. 2008. 62 p. Relatório técnico. Disponível em http://www.ibope.com.br/pt-br/conhecimento/relatoriospesquisas/Lists/ RelatoriosPesquisaEleitoral/OPP%20080474%20-%20MPM%20-%20imagem%20movimentos%20sociais.pdf Acesso em: 29 jan. 2015.
JORNAL DOS TRABALHADORES SEM TERRA (JTST). Edições de 1981-2011. Irregular.
LEITE, Sérgio P.; SAUER, Sérgio. Expansão agrícola, preços e apropriação de terra por estrangeiros no Brasil. RESR, Piracicaba, v. 50, n. 3, jul./set. 2012: 503-524.
LOERA, NashieliR.A espiral das ocupações de terra. São Paulo: Polis; Campinas: CERES, 2006.
MACEDO, Marcelo. Entre a “violência” e a “espontaneidade”: reflexões sobre os processos de mobilização para ocupações de terra no Rio de Janeiro. Mana, Rio de Janeiro, v. 11, n. 2, 2005: 473-497.
_____. Sementes em trincheiras: estado do Rio de Janeiro (1948- 1996). In: MACEDO, Marcelo; ROSA, Marcelo; SIGAUD, Lygia. Ocupações e acampamentos: sociogênese das mobilizações por reforma agrária no Brasil. Rio de Janeiro: Garamond, 2010. p. 133- 265.
MACEDO, Marcelo; ROSA, Marcelo; SIGAUD, Lygia. Ocupações de terra, acampamentos e demandas ao Estado: uma análise em perspectiva comparada. DADOS ”“ Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, v. 51, n. 1, 2008: 107-142.
_____. Ocupações e acampamentos: estudo comparado sobre a sociogênese das mobilizações por reforma agrária no Brasil (Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Pernambuco) 1960-2000. Rio de Janeiro: Garamond, 2010.
MARTINS, José de Souza. A política do Brasil lúmpen e místico. São Paulo: Contexto, 2011.
MEDEIROS, Leonilde S. A questão da reforma agrária no Brasil ”“ 1955-1964. 1982. 150 f. Dissertação (Mestrado) ”“ Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1982.
_____. Banco da Terra. In: MOTTA, Márcia (org.) Dicionário da Terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005. p. 49-51.
_____. História dos movimentos sociais no campo. Rio de Janeiro: FASE, 1989.
_____. Lavradores, trabalhadores agrícolas, camponeses: os comunistas e a constituição de classes no campo. 1995. 295 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) ”“ Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1995.
MENEZES NETO, Antonio. A Igreja Católica e os movimentos sociais do campo: a Teologia da Libertação e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Caderno CRH, Salvador, v. 20, n. 50, mai./ago. 2007: 331-341.
MOURA, Daise; VICTOR, Fabiana. Ocupações e manifestações em Minas Gerais: a luta pela terra a partir da pesquisa DATALUTA, 1990- 2010. In: Encontro Nacional de Geografia Agrária, 21, 2012, Uberlândia-MG, Anais do XXI Encontro Nacional de Geografia Agrária, Uberlândia-MG, Universidade Federal de Uberlândia, 2012: 1-12.
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Nossa proposta de Reforma Agrária Popular. jul. 2009. Disponível em antigo. www.mst.org.br/node/7708. Acesso em: 15 jan. 2015.
OLIVEIRA, Ariovaldo Umberlino de. A longa marcha do campesinato brasileiro: movimentos sociais, conflitos e reforma agrária. Estudos Avançados, São Paulo, v. 15, n. 43, 2001: 185-206.
PALMEIRA, Moacir. Modernização, Estado e questão agrária. Estudos Avançados, São Paulo, v. 3, n.7, set./dez. 1989: 87-108.
RODRIGUES, João Paulo. MST 30 anos: “Estamos no canto do ringue”. Repórter Brasil, Brasília, fev. 2014. Entrevista concedida a Daniel Santini. Disponível em http://reporterbrasil.org.br/2014/02/mst-30-anos-estamos-no-canto-do-ringue/#parteII. Acesso em: 29 jan. 2014.
ROSA, Marcelo. As novas faces do sindicalismo rural brasileiro: a reforma agrária e as tradições sindicais na Zona da Mata de Pernambuco. DADOS ”“ Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, v. 47, n. 3, 2004: 473-503.
_____. Encruzilhadas: acampamentos e ocupações na Fazenda Sarandi, Rio Grande do Sul (1962-1980). In: MACEDO, Marcelo; ROSA, Marcelo; SIGAUD, Lygia. Ocupações e acampamentos: sociogênese das mobilizações por reforma agrária no Brasil. Rio de Janeiro: Garamond, 2010. p. 19-131.
SABBATO, Alberto Di. Cédula da Terra. In: MOTTA, Márcia (org.) Dicionário da Terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005. p. 91-93.
SIGAUD, Lygia. A forma acampamento: notas a partir da versão pernambucana. Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, n. 58, nov. 2000:
73-92.
_____. Ocupações de terra, Estado e movimentos sociais no Brasil. Cuadernos de Antropología, Social, Buenos Aires, n. 20, 2004: 11-23
SIGAUD, Lygia et al. Os acampamentos da reforma agrária: história de uma surpresa. In: L’ESTOILE, Benoît; SIGAUD, Lygia (org.). Ocupações de terra e transformações sociais. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006. p. 29- 63.
SILVA, Diógenes Luiz da.Do latifúndio ao agronegócio: os adversários do MST no Jornal Sem Terra. 2013. 171 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade) ”“ Instituto de Ciências Humanas e Sociais, CPDA, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.
STÉDILE, João P. “Está em curso, no Brasil, uma concentração da propriedade da terra”. IHU On-Line, São Leopoldo, mai. 2014a. Entrevista concedida a PatriciaFachin e Luciano Gallas. Disponível em http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/531351-as-eleicoes-presidenciais-nao-tem-como-proposito-recolocar-a-questao-da-reforma-agraria-entrevista-especial-com-joao-pedro-stedile-. Acesso em: 4 jan. 2015.
_____. MST, 30. Muito além da distribuição de terras. Revista Fórum, jan. 2014b. Entrevista concedida a Igor Carvalho e Glauco Faria. Disponível em http://revistaforum.com.br/digital/131/mst-30-muito-alem-da-distribuicao-de-terras/. Acessoem: 29 jan. 2015.
TARROW, Sidney.Power in Movement.Social Movements and contentious politics.3ª ed. Cambridge: Cambridge University Press, 2011.
TEIXEIRA, Gerson. Reforma Agrária assume dimensão estratégica. IHU On-Line, fev. 2014. Entrevista concedida a Luciano Gallas e Patrícia Fachin. Disponível em antigo.mst.org.br/node/15732. Acesso em: 29 jan. 2015.
TILLY, Charles. From Mobilization to Revolution. Boston: Wesley Publishing Co., 1978. Regimes and Repertoires.Chicago: Chicago University Press, 2006.
TL ”“ TERRA LIVRE. Edições de 1949-1964. Irregular.
ZÉ PUREZA. Direção de Marcelo Ernandez Macedo. Rio de Janeiro, 2006 (97 min.). Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=EH4Uf9dSLTw. Acesso em 29 jan. 2015.

Published

31.10.2016

How to Cite

ARAUJO, Ramon Torres. The Relation Between the Reduction of Land Occupations and the Changes in Confrontation over Agrarian Reform in Brazil. InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais [InSURgence: rights and social movements journal], Brasília, v. 1, n. 2, p. 206–236, 2016. DOI: 10.26512/insurgncia.v1i2.18920. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/18920. Acesso em: 7 nov. 2024.

Similar Articles

<< < 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 > >> 

You may also start an advanced similarity search for this article.