Abolicionismo penal? Mas qual abolicionismo, "cara pálida"?
DOI:
https://doi.org/10.26512/insurgncia.v3i2.19565Palavras-chave:
Abolicionismo penal marginal. Racismo. Decolonialidade.Resumo
Os discursos abolicionistas que brotam em nossa margem, de modo geral, ignoram o racismo como ideologia, fazendo eco ao abolicionismo escravocrata que manteve a Casa Grande intacta ao modular toda sua arquitetônica racista dentro da democracia monocromática. Assim, mantêm os privilégios recebidos como herança de um mundo projetado e construído branco por mãos negras, perpetuando o racismo na exata medida de seu silenciamento. Um abolicionismo penal brasileiro deve retomar o projeto de emancipação racial oitocentista, fincado em base afroespistêmica para romper as profundas barreiras do nosso apartheid, sob pena de transformar-se em um novo instrumento do sistema de controle racial/social, remodelando, novamente, a exemplo das prisões, as Senzalas, e aniquilando os Quilombos.
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