A Assessoria Jurídica Universitária Popular como uma proposta contra-hegemônica à educação jurídica tradicional

Autores

  • Evanderson Camilo Noronha Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)

DOI:

https://doi.org/10.26512/insurgncia.v2i2.19370

Palavras-chave:

Ensino jurídico. Prática jurídica. Assessoria jurídica popular. Extensão universitária. Educação popular.

Resumo

Neste trabalho buscou-se discutir a implementação da extensão nos cursos de Direito. Constata-se, porém, que a realização da extensão não tem sido usual, com exceção da prática jurídica, que, em verdade, é uma fase da aprendizagem forense obrigatória. Ademais, analisou-se de forma crítica a experiência do estágio curricular ou obrigatório, relacionando-a com a propalada crise da universidade. Questiona-se, por fim, se esse estágio, na sua atual conformação, cumpre os objetivos a que se propõe e sugerindo propostas de alternativas à educação jurídica hegemônica, como a assessoria jurídica universitária popular (AJUP) e a educação popular. Objetivou-se, também, com isso contribuir com a construção e a consolidação da assessoria jurídica popular enquanto marco teórico-metodológico.

 

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Publicado

20.11.2018

Como Citar

NORONHA, Evanderson Camilo. A Assessoria Jurídica Universitária Popular como uma proposta contra-hegemônica à educação jurídica tradicional. InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais, Brasília, v. 2, n. 2, p. 220–243, 2018. DOI: 10.26512/insurgncia.v2i2.19370. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/19370. Acesso em: 12 dez. 2024.

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