A Vigilância do Serviço Nacional de Informações (SNI)
sobre a imprensa no Estado da Paraíba (1979-1984)
Mots-clés :
História política, Imprensa, Ditadura Militar, SNIRésumé
Após a instalação da ditadura militar no Brasil, uma das primeiras medidas de institucionalização do novo governo foi a criação do Serviço Nacional de Informação (SNI). O referido órgão foi criado formalmente pelo Decreto-Lei nº 4.341, de 13 de junho de 1964, como órgão de assessoramento do Executivo, responsável - não perante ao Congresso Nacional - mas ao Conselho de Segurança Nacional e ao Presidente da República. Este órgão teve como primeiro presidente, seu idealizador, o general Golbery do Couto e Silva. Em 1970, o governo militar, visando aperfeiçoar o sistema de informações institui o Sistema Nacional de Informações (SISNI). Este passou a ser integrado pelo Serviço Nacional de Informações (SNI), pelos “Sistemas Setoriais de Informações dos Ministérios Civis”, pelos “Sistemas Setoriais de Informações dos Ministérios Militares”, pelo “Subsistema de Informações Estratégicas Militares” (SUSIEM) e por outros órgãos setoriais. O que o SISNI entendia como “Outros Órgãos Setoriais de Informações” eram assessorias de informações situadas em importantes esferas da administração pública ou em empresas estatais. Este artigo utiliza o acervo do Serviço Nacional de Informações (SNI), Agência Pernambuco, responsável pela vigilância nos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. O presente artigo analisa produção de informações feitas ou difundidas pelo Serviço de Nacional de Informações (SNI) como o apoio de outros órgãos de informações da ditadura militar brasileira, sobre as atividades da imprensa no estado da Paraíba.
Palavras-chave: História Política. Imprensa. Ditadura Militar. SNI.
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