O homoerotismo sai do armário e vai à s telas:
o pensamento queer a partir dos filmes Mala Noche, Un Chant D’amour e Crepúsculo Do Caos
DOI:
https://doi.org/10.26512/hh.v2i3.10799Palavras-chave:
Homoerotismo, Cinema Queer, Teoria QueerResumo
As narrativas cinematográficas exercem grande poder sobre o público. Elas veiculam e constroem relações de gênero e sexualidades o que torna de extrema relevância a investigação dos discursos/práticas/efeitos do cinema na constituição de valores e representações sociais e também contribuem para delimitar os papéis dicotômicos entre homem/mulher, masculino/feminino, hetero/homo, bem como investigar abordagens que problematizem as sexualidades de forma interseccional. O cinema foi priorizado aqui como um lócus de criação marcado pela experiência das identidades homoeróticas. Neste sentido, foram analisados três filmes Mala Noche de Gus Van Sant,Un Chant D’amour de Jean Genet e Crepúsculo do Caos de Derek Jarman. São filmes de diretores centrados em subjetividade queer que podem contribuir para a crítica cultural à s sociedades patriarcais, machistas e sexistas, propiciando outros sentidos para o imaginário social. Buscou-se conferir também nesta pesquisa à s práticas discursivas queer esboçadas em parte no cinema, embora tenha claro que elas não são lineares, nem uniformes. Apesar de suas diferentes linguagens e formas de produção, constata-se que é possível tecer uma comunicabilidade, uma ponte queer a partir de “fios comuns” entre os trabalhos desses diretores, sem ignorar, contudo, suas diferenças e subjetividades.
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