O relato de Hannah Arendt sobre as lições da Revolução Húngara
DOI:
https://doi.org/10.26512/rfmc.v11i3.51400Palavras-chave:
Conselhos. Hungria. Política. Revolução. Totalitarismo.Resumo
O presente artigo visa discorrer sobre as considerações de Hannah Arendt no que tange à Revolução Húngara, evento que trouxe à tona a questão da urgência em pensar novos sistemas de governo para o século XX. A busca pelo domínio imperialista continental por parte da Rússia ampliou a abrangência do regime totalitário soviético para os países vizinhos, que se tornaram uma espécie de satélite do centro em Moscou. Nesse contexto de dominação, em 1956, uma revolução se iniciou na Hungria. Por mais que tenha sido brutalmente reprimida em semanas, esses dias foram suficientes para a manifestação de organizações políticas por parte da população, que, em todos os seus segmentos, de estudantes, trabalhadores de diversos setores, intelectuais, exército e civis, formaram conselhos para debater as questões urgentes. A partir dessa iniciativa de organização destacada por Arendt como espontânea, analisaremos o que essa revolução tem a colaborar para as reflexões em relação à participação política nos espaços públicos e à criação de novos corpos políticos.
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