(Bio)polícia
Entre o Exercício da Soberania e o Nascimento de uma Racionalidade Política na História da Governamentalidade de Michel Foucault
DOI:
https://doi.org/10.26512/rfmc.v10i1.47752Palavras-chave:
Biopolítica. Governamentalidade. Racionalidade Política. Polícia. (Bio)Polícia.Resumo
Foucault cunhou o termo biopolítica ao pensar filosofia política, esse conceito designa um duplo percurso: a) anátomo-política (regulação dos corpos) e b) biopolítica da população (massificação das condutas). Entremeio essas noções surgem a polícia: um dispositivo que é aparelho de disciplina e aparelho de Estado e caracteriza a racionalidade política moderna como uma “tecnologia política dos indivíduos" entre os séculos XVII e XVIII (Era Clássica). É para situar os efeitos dessa racionalidade política que o autor situa o nascimento da polícia (police). Este trabalho, portanto, tem como foco investigar a noção de polícia nos escritos de Foucault a partir do prisma de uma genealogia da polícia como bio-polícia e questionar-se se essa ideia nasce como 1) um dispositivo de repressão, como se costuma pensar, ou 2) como uma técnica de aperfeiçoamento da soberania estatal e reforço do Estado dentro do próprio Estado. Neste trabalho defendemos a segunda hipótese.
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Referências
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