Analiticidade e Sinteticidade: A Forma Judicativa do Conhecimento em Kant
DOI:
https://doi.org/10.26512/rfmc.v7i3.28858Palavras-chave:
distinção entre juízos analíticos e sintéticos; críticas à distinção kantiana; possibilidade de juízos sintéticos a priori; sensibilidade e entendimento; dedução das categorias.Resumo
Este trabalho aborda a distinção entre juízos analíticos e sintéticos como fundamento sistemático de estruturação da epistemologia kantiana. Inicialmente, são considerados a formulação e os exemplos dessa distinção. Depois, são ponderadas as críticas de Eberhard, Lovejoy, Quine e White. Por fim, é discutida a originalidade da posição kantiana quanto à distinção em questão e à possibilidade de juízos sintéticos a priori. A conclusão apresentada é a de que a originalidade da posição kantiana repousa nos dois elementos que fundamentam a sua teoria do conhecimento: a autossuficiência originária das faculdades do entendimento e da sensibilidade e a sua correlação necessária no que concerne à fundamentação do conhecimento humano.
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