Náufragos Políticos, Elementos para uma Psicologia do Conservadorismo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/rfmc.v9i3.43018

Palavras-chave:

Política. Temporalidade. Conservadorismo. Reacionarismo.

Resumo

O objetivo deste artigo é discutir as relações entre psicologia e política que orientam a ação dos diferentes campos políticos. O ponto de partida será uma análise da proposta do cientista político Mark Lilla de considerar o “espírito reacionário” como uma posição estruturalmente ligada a um anti-progressismo, o que permite também, por contraste, discutir as posições progressistas. Essa análise se ancora na articulação entre política e temporalidade, entendida aqui como um dos elementos que esboçam uma psicologia do conservadorismo. E, com isso, ajuda a redescrever traços significativos dos dilemas políticos contemporâneos, oferecendo, por exemplo, uma distinção entre a posição reacionária e a conservadora, bem como traços definidores da visão de mundo do reacionário e, consequentemente, pistas para a compreensão da ascensão da extrema direita.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Bruno Carvalho, Universidade de São Paulo, USP

Psicanalista, psicólogo, bacharel, mestre e doutorando em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP). Bolsista da FAPESP.

Referências

ADORNO, T. W. Minima Moralia: reflexões a partir da vida danificada. Trad. de Luis Eduardo Bicca. Rio de Janeiro: Ática, 1993 [1951].

ADORNO, T. W. “Progresso”. In. Palavras e sinais: modelos críticos 2. Trad. de Maria Helena Ruschel. Petrópolis: Vozes, 1995a.

ADORNO, T. W. “Spengler após o declínio”. In. Palavras e sinais: modelos críticos 2. Trad. de Maria Helena Ruschel. Petrópolis: Vozes, 1995 b.

CORTINA, A. Aporofobia, a aversão ao pobre: um Desafio Para a Democracia. Trad. de Daniel Fabre. São Paulo: Contracorrente, 2020.

ENZENSBERGER, H. M. O naufrágio do Titanic: uma comédia. Trad. de José Marcos Macedo. São Paulo: Companhia das Letras, 2000 [1978].

FOSTER, J. The Titanic Complex: A Cultural Manifest. Vancouver: Belcouver Press, 1997.

LILLA, M. A mente naufragada: sobre o espírito reacionário. Trad. de Clovis Marques. Rio de Janeiro: Record, 2018a [2016].

LILLA, M. O progressista de ontem e o de amanhã: desafios da democracia liberal no mundo pós-políticas identitárias. Trad. de Berilo Vargas. São Paulo: Cia. das Letras, 2018b [2017].

ROMANO, R. Pensamento conservador. Revista de Sociologia e política, n. 3, 1994.

ROMANO, R. Conservadorismo romântico: origem do totalitarismo. 2ªed. São Paulo: Unesp, 1997.

SOCHA, E. Notas sobre o progresso em Adorno (ainda). ETHIC@ (UFSC), v. 20, p. 585-611, 2021. Disponível em [https://periodicos.ufsc.br/index.php/ethic/article/view/83027/47567]: acesso em [12/12/2021].

SPENGLER, O. A Decadência do Ocidente. Trad. de Herbert Caro. Rio de Janeiro: Forense, 2014 [1959].

Downloads

Publicado

31-12-2021

Como Citar

CARVALHO, Bruno. Náufragos Políticos, Elementos para uma Psicologia do Conservadorismo. Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, [S. l.], v. 9, n. 3, p. 169–186, 2021. DOI: 10.26512/rfmc.v9i3.43018. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/43018. Acesso em: 22 dez. 2024.