Náufragos Políticos, Elementos para uma Psicologia do Conservadorismo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/rfmc.v9i3.43018

Palavras-chave:

Política. Temporalidade. Conservadorismo. Reacionarismo.

Resumo

O objetivo deste artigo é discutir as relações entre psicologia e política que orientam a ação dos diferentes campos políticos. O ponto de partida será uma análise da proposta do cientista político Mark Lilla de considerar o “espírito reacionário” como uma posição estruturalmente ligada a um anti-progressismo, o que permite também, por contraste, discutir as posições progressistas. Essa análise se ancora na articulação entre política e temporalidade, entendida aqui como um dos elementos que esboçam uma psicologia do conservadorismo. E, com isso, ajuda a redescrever traços significativos dos dilemas políticos contemporâneos, oferecendo, por exemplo, uma distinção entre a posição reacionária e a conservadora, bem como traços definidores da visão de mundo do reacionário e, consequentemente, pistas para a compreensão da ascensão da extrema direita.

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Biografia do Autor

Bruno Carvalho, Universidade de São Paulo, USP

Psicanalista, psicólogo, bacharel, mestre e doutorando em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP). Bolsista da FAPESP.

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Publicado

31-12-2021

Como Citar

CARVALHO, Bruno. Náufragos Políticos, Elementos para uma Psicologia do Conservadorismo. Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, [S. l.], v. 9, n. 3, p. 169–186, 2021. DOI: 10.26512/rfmc.v9i3.43018. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/43018. Acesso em: 19 abr. 2024.