Eugenia em A Máquina do Tempo de H.G. Wells

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.26512/emtempos.v1i38.36456

Palabras clave:

Distopia. Ficção científica. Eugenia.

Resumen

O final do século XIX foi um período de contradição entre o otimismo intelectual quanto ao progresso teleológico da história e uma realidade social de desigualdade e miséria urbana. O escritor H.G. Wells se posicionava entre os dois lados, sendo um biólogo de formação e um ativista preocupado com as imensas dificuldades enfrentadas pela classe operária. Em sua obra A Máquina do Tempo (1895), essas preocupações se evidenciam quando o protagonista se depara com a sociedade do futuro: uma distopia onde a evolução da espécie humana, deixada à própria sorte, conduz à radicalização da desigualdade em duas espécies: os eloi e os morlocks. Dialogando com o gênero literário de utopia, o livro serve como veículo para que o autor critique seu contexto histórico e, então influenciado por Francis Galton e Thomas Huxley, deixe transparecer o que via como solução: o controle consciente do processo de evolução através da eugenia.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

WELLS, Herbert George. A Máquina do Tempo. Coleção Mundos da Ficção Científica, No. 23. Francisco Alves: Rio de Janeiro, 1991.

DEL CONT, Valdeir. Francis Galton: eugenia e hereditariedade. Scientiae Studia. São Paulo , v. 6, n. 2, p. 201-218, Abril/Junho 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-31662008000200004&lng=en&nrm=iso> Acessado em: 27/10/ 2020.

EISENSTEIN, Alex. The Time Machine and the End of Man. Science Fiction Studies. N. 9, V. 3, Part 2. July 1976. Disponível em: <http://www.depauw.edu/sfs/backissues/9/eisenstein9art.htm> Acessado em 03/07/2018.

FEENBERG, Andrew. Critical Theory of Technology: An Overview. Tailoring Biotechnologies. Vol. 1, Issue 1, Winter 2005, pp: 47-64. Disponível em: <https://www.sfu.ca/~andrewf/books/critbio.pdf>. Acessado em: 13/10/2017

FURLANETTO, Elton Luiz Aliandro. O Futuro como ruptura: a crítica materialista-histórica de ficção científica. Remate de Males. V. 32, 2013.

GAY, Peter. Represálias selvagens: realidade e ficção na literatura de Charles Dickens, Gustave Flaubert e Thomas Mann. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

HOBSBAWN, Eric. Ciência, Religião, Ideologia. A Era do Capital. São Paulo: Paz e Terra. 2001.

PARTINGTON, John. H.G. Wells’s Eugenic Thinking 1892-1944. Utopian Studies. 14:1 (2003), 74-81. Disponível em: <http://www.academia.edu/1693185/H.G._Wells_s_Eugenic_Thinking_1892-1994.htm> Acessado em: 31/07/2015.

POLIAKOV, Léon. O mito ariano: ensaio sobre as fontes do racismo e dos nacionalismos. São Paulo: Perspectiva, 1974

TAUNTON, Matthew. H. G. Wells’s Politics. Discovering Literature: Romantics and Victorians. The British Library. 2014. Disponível em: <http://www.bl.uk/romantics-and-victorians/articles/h-g-wells-politics> Acessado em: 01/07/2015

TAUNTON, Matthew. Class in The Time Machine. Discovering Literature: Romantics and Victorians. The British Library. 2013. Disponível em:<http://www.bl.uk/romantics-and-victorians/articles/class-in-the-time-machine> Acessado em: 03/07/2015

VASCONCELOS, José Antonio. A utopia urbana de Edward Bellamy. Dimensões, vol. 30, 2013, p. 251.

Publicado

2021-06-25

Cómo citar

RODRIGUES JUNIOR, Denis Marcio; SANT’ANNA, Daniele Ornaghi. Eugenia em A Máquina do Tempo de H.G. Wells. Em Tempo de Histórias, [S. l.], v. 1, n. 38, 2021. DOI: 10.26512/emtempos.v1i38.36456. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/emtempos/article/view/36456. Acesso em: 22 nov. 2024.

Artículos similares

<< < 1 2 

También puede {advancedSearchLink} para este artículo.