A leitura na sala de aula: a trilogia “O Legado de Orïsha” para o ensino de História da África e do Brasil afrodescendente
DOI:
https://doi.org/10.26512/emtempos.v23i44.53034Palavras-chave:
Lei 10.639/03, Literatura, História da ÁfricaResumo
Este artigo tem como principal proposta analisar de que maneira a trilogia “O Legado de Orïsha”, de Tomi Adeyemi, com ênfase no seu primeiro livro, pode ser utilizada em sala de aula para promover o ensino de História da África e do Brasil afrodescendente. Tal exercício visa demonstrar como a literatura pode e deve ser mobilizada para o cumprimento da Lei 10.639/03 para a concretização de uma educação antirracista.
Downloads
Referências
ACHEBE, Chinua. O mundo se despedaça. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
ADEYEMI, Toni. Filhos de Sangue e Osso. Rio de Janeiro: Fantástica Rocco, 2018.
ADEYEMI, Toni. Filhos de Virtude e Vingança. Rio de Janeiro: Fantástica Rocco, 2020.
ADEYEMI, Toni. Filhos de Aflição e Anarquia. Rio de Janeiro: Fantástica Rocco, 2024.
ADICHIE, Chimamanda Ngozi. Hibisco roxo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
ADICHIE, Chimamanda Ngozi. Perigos de uma história única. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
ALBERTI, Verena. Algumas estratégias para o ensino de história e cultura afrobrasileira. In: PEREIRA, Amilcar Araújo; MONTEIRO, Ana Maria (org). Ensino de História e Cultura Afro-Brasileiras e Indígenas. Rio de Janeiro: Pallas, 2013. 27-56.
ANDERSON, Benedict. Comunidades imaginadas: reflexões sobre a origem e a difusão do nacionalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
ANSELMO, Lucas Xavier. O homem branco na África: a construção de estereótipos em Tarzan (1999). In: ________________. Retratos da África: o cinema de animação para construções imagéticas do continente africano em sala de aula. Belo Horizonte: Caravana, 2023.
ARRUDA, Daniel Péricles. O que é genocídio? Revista da ABPN, v. 12, n. 33, p. 472-489, jun.-ago. 2020.
BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo. 4.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2017.
v.
BRASIL. Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura AfroBrasileira” e dá outras providências. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/Leis/2003/L10.639.htm. Acesso em: 03/10/2024.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. Disponível em: BNCC_completa.pdf Google Drive. Acesso em: 06/10/2024.
BURROUGHS, Edgar Rice. Tarzan dos Macacos. Rio de Janeiro: Zahar, 2014.
CALVINO, Ítalo. Por que ler os clássicos. In: CALVINO, Ítalo. Por que ler os clássicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. p. 9-16.
CALVINO, Ítalo. Introdução. In: CALVINO, Ítalo (org). Contos fantásticos do século XIX: o fantástico visionário e o fantástico cotidiano. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. p. 7-15.
CÂNDIDO, João. Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006.
CANUTO, Hugo. Contos dos Orixás. Salvador: Editora Trem Fantasma, 2023.
CARDOSO, Hélia da Silva Alves; CARVALHO, Nathalia Oliveira de Barros. “A corrente que enrolaram no pescoço da Mama. O sangue pingando na terra”: a violência gerada pela Ofensiva em Filhos de Sangue e Osso. Odisséia, v. 8, Natal, p. 416-434, jul.- dez. 2023.
COLLINS, Patrícia Hill. Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e política do empoderamento. São Paulo: Boitempo, 2019.
CONRAD, Joseph. O Coração das Trevas. São Paulo: Editora Landmark, 2011.
DELUMEAU, Jean. História do medo no Ocidente (13001800): uma cidade sitiada. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
EVARISTO, Conceição. Olhos d’água. Rio de Janeiro: Pallas. Fundação Biblioteca Nacional, 2016.
FEDERICI, Silvia. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. 2.ed. São Paulo: Elefante, 2023.
FELIPE, Delton Aparecido. O Cinema no Ensino de História e Cultura AfroBrasileira e Africana na Educação Básica. Curitiba, PR: CVR, 2015.
FERREIRA, Antônio Celso. a fonte fecunda. In: PINSKY, Carla; LUCA, Tânia Regina de (org). O historiador e suas fontes. São Paulo: Contexto, 2009. p. 61-91.
GONÇALVES, Ana Maria. Um defeito de cor. 5.ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Editora Record, 2009.
HALL, Stuart. Cultura e Representação. Rio de Janeiro: Editora PUC-Rio; Apicuri, 2016.
HOBSBAWM, Eric; RANGER, Terence. A invenção das tradições. 12.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2012.
HOOKS, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática de liberdade. São Paulo: Editora WMF Martins Afonso, 2013.
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA; FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Atlas da Violência. Brasília: Rio de Janeiro: São Paulo: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2019. Disponível em: 190605_atlas_da_violencia_2019.pdf (ipea.gov.br). Acesso em: 20/07/2024.
JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 2014.
JUNIOR, Itamar Vieira. Torto arado. São Paulo: Todavia, 2019.
KILEUY, Odé; OXAGUIÃ, Vera de. O Candomblé. In: ________________. O candomblé bem explicado: nações bantu, iorubá e fon. Rio de Janeiro: Pallas, 2009. p. 29-52.
KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Editora Cobogó, 2019.
MEMMI, Albert. Retrato do colonizado precedido pelo retrato do colonizador. 2.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
OLIVA, Anderson Ribeiro. A invenção dos iorubás na África Ocidental: reflexões e apontamentos acerca do papel da história e da tradição oral na construção da identidade étnica. Estudos Afro-Asiáticos. Ano 27, n.1/2/3, p. 141-179, jan.-dez. 2005.
OLIVA, Anderson Ribeiro. Lições sobre a África: Diálogos entre as representações dos africanos no imaginário Ocidental e o ensino de história da África no Mundo Atlântico (1990-2005). 2007. 404 f. Tese (doutorado em História Social) – Universidade de Brasília, Brasília, 2007.
OYEWÙMÍ, Oyèrónké. A invenção das mulheres: construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.
POLI, Ivan. Antropologia dos orixás: a civilização iorubá a partir de seus mitos, seus orikis e sua diáspora. Rio de Janeiro: Pallas, 2020.
RAMINELLI, Ronald. Imagens da colonização: a representação do índio de Caminha a Vieira. Rio de Janeiro: Zahar, 1996.
RIBEIRO, Ronilda Iyakemi. Alma africana no Brasil: os iorubás. São Paulo: Editora Oduduwa, 1996.
SAID, Edward. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
SANTOS, Emily. ‘O avesso da pele’: livro que debate racismo é censurado em escolas de 3 estados por reação equivocada ao conteúdo, alertam especialistas. G1, 08/03/2024.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Em Tempo de Histórias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License , licença que permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).