Um anti-Édipo desacelerado?
DOI:
https://doi.org/10.26512/dasquestoes.v17i1.51461Palavras-chave:
O anti-Édipo, Capitalismo, desaceleração, ameríndio, questão ambientalResumo
O escrito busca aproximar-se de algumas leituras feitas da obra de Gilles Deleuze e Félix Guattari, O anti-Édipo, tais como o aceleracionismo e, sobretudo, a aproximação da obra com as teorias ameríndias e suas metafísicas e conceitos. Desde o problema central do capitalismo e do socius que se desenvolve nele, primeiramente se relata um pouco sobre a teoria dos aceleracionistas para, depois, com mais intensidade, desenvolver-se uma leitura ‘desaceleracionista’, aproximando-se da teoria de Eduardo Viveiros de Castro, a partir de Metafísicas Canibais. Num último momento, discute-se sobre questões teóricas que nascem do diálogo entre O anti-Édipo e as teorias ameríndias e ainda sobre a questão prática ambiental, que surge como problema importante da contemporaneidade.
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