CIBER-ECOLOGIA DE MENTES EM ÁCIDO REVOLUCIONÁRIO
INCAUTAS APROXIMAÇÕES ENTRE BATESON E FISHER PARA LIDAR COM A COMPLEXIDADE ORGANIZACIONAL DO REAL
Palavras-chave:
cibernética, ecologia da mente, realismo capitalista, Gregory Bateson, Mark FisherResumo
Em tempos de novos materialismos, naturalismos e realismos, novos recursos se fazem necessários para nos tornarmos capazes de mapear e intervir em uma realidade cuja complexidade organizacional – ou formal e informacional, no jargão de Bateson – só parece aumentar. No intuito de desenvolver tais recursos, propomos um encontro entre Gregory Bateson e Mark Fisher, dois pensadores que se valem de um arcabouço cibernético para pensar um mundo em rápida transformação. O encontro não é trivial e tende a produzir algumas fricções; contudo, pensamos que estas podem inclusive participar na produção de sinergias entre seus sistemas, as quais ajudarão na missão de ampliar nossas capacidades de mapeamento e intervenção nessa ecologia de circuitos de naturezas diversas, todos emaranhados em uma grande trama complexa que chamamos realidade. O arcabouço cibernético nos ajuda tanto a visualizar como sistemas de sistemas se organizam conjuntamente, quanto a nos organizarmos para melhor nos movermos em seu interior. Da Ecologia da Mente de Bateson ao Realismo Capitalista e Comunismo Ácido de Fisher, tentaremos ampliar um repertório ativo-cognitivo-organizativo a fim de que nos auxilie a começar a responder: diante da complexidade do real, ‘o que fazer?’.
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