A aceleração social, a fatiga de ser si mesmo e a fenomenologia da depressão
DOI:
https://doi.org/10.26512/dasquestoes.v12i1.32652Palavras-chave:
depressão; aceleração; individualismo; temporalidade.Resumo
O presente artigo procura estabelecer um diálogo com os renovados estudos fenomenológicos no campo da depressão, considerando a possibilidade de aproximação interdisciplinar entre as ciências sociais e a psicopatologia, tendo por base a orientação filosófica da escola fenomenológica. Como ponto de partida, propõe-se uma análise das obras de Hartmut Rosa e Alain Ehrenberg, especialmente acerca da aceleração social e do individualismo, a fim de mostrar como podemos interpretar a depressão desde uma perspectiva macrossocial. Depois disso, o objetivo é aprofundar o aspecto central da depressão enquanto patologia do tempo. A questão foi tradicionalmente abordada no campo da psicopatologia fenomenológica desde a primeira geração de psiquiatras fenomenólogos. O que se pretende colocar em relevo nesse ponto é a inovadora concepção de Thomas Fuchs acerca do adoecimento depressivo a partir da temporalidade e da intersubjetividade.
Palavras-chave: depressão; aceleração; individualismo; temporalidade.
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