“Quem fala de noiz é noiz”

slam na escola, a voz que conta nossa história

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/cerrados.v33i65.54118

Palavras-chave:

Oralidade e corporalidade, potências periféricas, educação, poesia falada

Resumo

O presente artigo se constitui junto a vivências da poesia falada – Slam – na escola. O Poetry Slam ou simplesmente Slam é uma manifestação cultural que gira em torno da expressão poética oral e corporal. Manifestação ligada ao movimento HIP-HOP, inicialmente, é efeito de movimentos de jovens negros e da periferia de grandes cidades. Hoje, está difundido por diferentes territórios. Suas temáticas estão voltadas à luta antirracismo, às denúncias das desigualdades de classe e gênero e sexualidade. Nesse trabalho, o pesquisar se dá junto a vivências e oficinas poéticas em escolas públicas da cidade de Juiz de Fora (MG). O que emerge das intervenções das oralidades e corporalidades poéticas nas escolas? Afetado por essa pergunta, este artigo traz versos criados pelas pessoas participantes – alunas e alunos da escola básica – no exercício de contar suas próprias narrativas e reflexões em torno da oralidade, de uma outra corporalidade e da escrita que se faz periférica ao que é dado hegemonicamente.

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Biografia do Autor

Tarcísio Moreira Mendes , Universidade Federal de Juiz de Fora

Doutor em Esquizoeducação e mestre esquizito em Educação pelo PPGE/FACED/UFJF. Licenciado em Pedagogia pela Faculdade de Conchas (2017). Especialista em Teatro e Dança na Educação pela Faculdade Angel Vianna/RJ (2011). Iniciou estudos na FALE/UFJF (2004) destacando o interesse pela Linguística Cognitiva e a Teoria Literária. Desterritorializado, segue a linha em arte e ingressa no Curso de Artes Cênicas da UFOP, bacharelado em interpretação, concluído em agosto/2009. Investiga a relação entre o labirinto da Linguagem (CLARETO;ROTONDO) e Arte e Loucura e Educação e Filosofia e Raça e Gênero e Sexualidade e e e... desdobradas nos encontros e encantos de máquinas como Achille Mbembe, Oyèrónke Oyěwùmí, Antônio Bispo dos Santos, Ailton Krenak e Angel e Klauss Vianna e Augusto Boal e Gilles Deleuze e Félix Guattari e Michel Foucault e Friedrich Nietzsche e Peter Pál Pelbart e o papel do artista na sua atualidade. É ator e performer e professor de arte, próximo ao Caps e pesquisador associado ao Travessia Grupo de Pesquisa - certificado pelo CNPq. Foi professor substituto do Magistério Superior do Curso de Teatro do DELAC/UFSJ (2017/01). Está novamente como professor substituto, agora, no Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos Suely Souza de Almeida (NEPP-DH), órgão suplementar do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da UFRJ.

Sônia Maria Clareto , Universidade Federal de Juiz de Fora

Professora Titular da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da UFJF, atuando nos níveis de mestrado e doutorado. Vem ocupando a coordenação do Programa de Pós-graduação em Educação PPGE/UFJF desde julho de 2020. Tem interesse em educação, e em educação matemática, com foco na pesquisa na sala de aula, em especial na sala de aula de matemática. Tem interesse também no processo de formação docente, em seus aspectos éticos estéticos políticos econômicos raciais e de gênero. Outros temas de interesse: etnomatemática e experimentação com educação em suas desdobras com arte, ciência e filosofia, no encontro com Nietzsche, Deleuze e Guattari. Líder do Travessia Grupo de Pesquisa, cadastrado e certificado pelo CNPq, abrigado no Núcleo de Educação em Ciência, Matemática e Tecnologia NEC/FACED/UFJF. Realizou (2014-2016) o pós-doutorado na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, com a supervisão do prof. Dr. Antônio Vicente Marafioti Garnica. Fez mestrado (1993) e doutorado (2003) em Educação Matemática na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e se graduou em Matemática pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1987).

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Publicado

31-08-2024

Como Citar

Conceição, L., Moreira Mendes , T., & Clareto , S. M. (2024). “Quem fala de noiz é noiz”: slam na escola, a voz que conta nossa história. Revista Cerrados, 33(65), 147–157. https://doi.org/10.26512/cerrados.v33i65.54118

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