Poesia nova, nova literarte infantil
resenha de O sonho: Maria Pão Doce Frito (Musa, 2020), de Ricardo Araújo
DOI:
https://doi.org/10.26512/cerrados.v31i59.40702Palavras-chave:
Literarte Infantil, Nova Poesia Infanto-juvenil, Criança e LiteraturaResumo
Um dos grandes desafios em despertar o interesse e a vocação da criança para o universo da literatura infanto-juvenil é levá-la a mergulhar nos significados mais profundos do texto e de experienciar uma arte poética centrada no seu contexto de produção e nas vivências do leitor. Ricardo Araújo, tradutor, pesquisador e professor na Universidade de Brasília, instiga-nos a percorrer pelas páginas de O sonho: Maria Pão Doce Frito, publicada em 2020, com um olhar focado no jogo da linguagem e das imagens ao se apropriar da relação intermidiática da palavra com a ilustração para chegar ao fazer literário em que dispõe o público infantil e o adulto como integrante dessa escritura, convocando-os pela rememoração involuntária da infância, ao modo de Marcel Proust, através do sabor dos sonhos surreais e dos doces sonhos no balcão da padaria. É uma obra composta de cinquenta e seis páginas com desenhos de José Roberto Aguilar e de João Ricardo Silva Araújo (da contracapa e orelha do livro) dividida em duas etapas, sendo que a primeira tece, poeticamente, a trajetória onírica da protagonista no submundo do sonho, da fantasia e dos doces da casa dos Dois Ursinhos onde, de maneira implícita, é segmentada em outra seção que nos aprisionam pela maneira que insere, intertextualmente, o ledor aos clássicos da música, da literatura brasileira e universal; a segunda traz a coletânea de fragmentos textuais e dos poetas mencionados no decorrer do poema para serem apreciados no final do livro.
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Referências
ARAÚJO, Ricardo. O sonho: Maria Pão Doce Frito. 1. ed. Ilustração de José Roberto Aguilar. São Paulo: Musa, 2020.
ORTEGA Y GASSET. José. A desumanização da arte. 6. ed. Tradução Ricardo Araújo. São Paulo: Cortez, 2008.
PAZ, Octavio. Os filhos do barro: do romantismo à vanguarda. Tradução Ari Roitman e Paulina Wacht. São Paulo: Cosacnaify, 2013.
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