A lírica realista de Bernardo Élis em Primeira Chuva
DOI:
https://doi.org/10.26512/cerrados.v34i68.57833Palavras-chave:
Primeira chuva, Bernardo Élis, realismo, literatura em GoiásResumo
Menos conhecido que sua obra narrativa, Primeira Chuva é o único volume de poesia do escritor goiano Bernardo Élis. Logo, buscou-se compreender de que modo o autor fez de sua produção poética, notadamente realista, uma representação oposta à sua posição de alicerce intelectual entre o projeto de modernização mediado pelo interventor Pedro Ludovico Teixeira a partir de 1930. Para tanto, realizamos um percurso historiográfico orientado por Machado (1990), Chaul (1988) e Chaul (2018) visando compreender a aproximação intrínseca entre modernidade enquanto requisito para o progresso, e em como essa associação ocorreu no estado de Goiás, sobretudo após os ditames de a partir da chamada Revolução de 1930. Já pela via da historiografia literária, recorremos a Teles (2019), Canedo (2018), Bergamo e Canedo (2021) e Buarque (2017) visando entender como a estética modernista se estabeleceu como projeto da intelectualidade local, sobretudo a partir de 1942, uma vez que é nela que Bernardo Élis se inscreve. Em direção à materialidade textual, nos orientamos pelo princípio da autonomia relativa da poesia (Pilati, 2017), tendo em vista a internalização de aspectos externos ao texto literário empreendida pelo autor.
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