Paixões histéricas em Artaud e Deleuze (Tradução de Noeme da Piedade Lima Klingl)
Palavras-chave:
Histeria. Afeto. Texto. Tela. Cena teatral. Crise da representação.Resumo
E. Grossman toma como ponto de partida a definição clássica de histeria como “uma energia erótica que estende para fora a presença intensa do corpo libidinal” ”“ assumida por pensadores como J. - D. Nasio, Freud e Lacan. O objetivo maior de seu trabalho é propor uma nova concepção de histeria. Para isso, a autora analisa a concepção deleuziana de “figura” e de “afeto” em termos da “lógica de forças” que ela relaciona com a teoria teatral de Antonin Artaud (sobretudo com a aversão artaudiana pelo “corpo dito orgânico”, e seus conceitos de “atletismo afetivo” e de “crueldade”). Ao assim fazer, Grossman igualmente inscreve esses pontos de vista na “crise moderna da representação”, que ela examina a luz do pensamento teórico de Merleau-Ponty, de Derrida, e de Lyotard e em obras de M. Duchamps, Malévitch e Bacon. A
histeria é então vista como uma força, um “afeto”, não do pintor ou do escritor, mas da tela e do texto: tanto no “atletismo afetivo” como na “figura” e na escritura deleuzianas um corpo histérico ou histerisado chega a tocar afetivamente o espectador/o leitor. Como efeito, tem-se a ultrapassagem da representação. Em outros termos, dá-se a ultrapassagem da presença a si do texto: uma força nele persiste, insiste e subsiste, agindo diretamente sobre o sistema nervoso não só do autor/’pintor, mas também do leitor/espectador.
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