Até que a arte nos aproxime: violência, memória e testemunho na obra Novas diretrizes para tempos de paz

Autores

  • Marcelo Ferraz de Paula

Palavras-chave:

Testemunho. Teatro brasileiro. Novas diretrizes para tempos de paz. Bosco Brasil.

Resumo

Este artigo desenvolve uma análise das formulações estéticas em torno da memória e do esquecimento presentes na obra Novas diretrizes para tempos de paz (2007), de Bosco Brasil. Discutese aqui como o texto retoma e explora algumas questões cruciais para o pensamento filosófico e historiográfico do século XX, com destaque para a problemática da transmissibilidade da experiência e do testemunho (BENJAMIN, 1996; AGAMBEM, 2008), a banalidade do mal (ARENDT, 1999) e os dilemas da arte no contexto das catástrofes do século, cujo emblema maior permanece sendo Auschwitz (ADORNO, 2001). Também é examinada a tensa aproximação que a obra estabelece entre a violência na Europa durante a Segunda Guerra Mundial e o autoritarismo do Estado Novo varguista.

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Referências

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Publicado

25-05-2016

Como Citar

Paula, M. F. de. (2016). Até que a arte nos aproxime: violência, memória e testemunho na obra Novas diretrizes para tempos de paz. Revista Cerrados, 24(40). Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/cerrados/article/view/25594

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