José María Arguedas e João Guimarães Rosa face aos abismos da tradução
DOI:
https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v8.n4.2019.24531Palavras-chave:
Tradução literária. Andes peruanos. Sertão brasileiro. Abismos.Resumo
A partir dos textos e correspondências de dois escritores considerados transculturadores da literatura latino-americana, José María Arguedas e João Guimarães Rosa (Rama, 1989), este texto busca refletir sobre os abismos que aparecem na tradução de obras literárias entre o português brasileiro e o castelhano, em sjua variante andina. Partindo das notas de Julio Prieto (2010) e Sanchez Baena (2008), a pergunta sobre o estilo na obra dos dois escritores aparece entrecortada por um agudo sentido da oralidade com a qual eles escreveram seus textos, oralidade que a tradução procurou recuperar nas línguas de chegada. O exame minucioso das estratégias usadas por eles para pensar na tradução revela, além de outras dimensões dos procesos criativos de ambos, alguns conceitos essenciais ao trabalho tradutor, como a relação original e cópia, bem como a fidelidade e originalidade dos textos de partida.
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