BRUNIR O ARTESANATO, REDESENHAR O PRESENTE: PRÁTICAS DE OLARIA POR MULHERES ARTESÃS ARATUIPENSES

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/ser_social.v27i57.45584

Palavras-chave:

Artesanato; Protagonismo feminino negro; Mulheres artesãs; Mulheres feirantes; Desenvolvimento das cidades.

Resumo

Este artigo resulta da pesquisa pós-doutoral realizada entre 2021 a 2023, em Maragogipinho – Aratuípe, na Bahia, com foco no em mulheres negras artesãs e feirantes. Objetiva-se discutir o protagonismo de mulheres negras e suas práticas de olaria, considerando o trabalho enquanto lócus de preservação ambiental e resistência sociocultural. Problematiza-se como as práticas de olaria adotadas por essa comunidade tradicional de oleiras atuam de forma responsável no meio ambiente, contribuindo para o desenvolvimento sustentável das cidades feirantes, ao mesmo tempo em que as artesãs resistem à secundarização e objetificação da categoria mulher negra. Realiza-se, desse modo, um estudo teórico e prático, que inclui visita de campo, entrevista às mulheres artesãs de Aratuípe e registro em diário de campo/percursos urbanos. Defende-se que essas mulheres, majoritariamente negras, formam, no Território do Baixo Sul, um polo de resistência afrocultural e protagonismo feminino, atinente à preservação ambiental na transformação do barro e desenvolvimento das cidades.

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Referências

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Publicado

17-06-2025

Como Citar

FRANCO, Maria Asenate. BRUNIR O ARTESANATO, REDESENHAR O PRESENTE: PRÁTICAS DE OLARIA POR MULHERES ARTESÃS ARATUIPENSES. SER Social, Brasília, v. 27, n. 57, 2025. DOI: 10.26512/ser_social.v27i57.45584. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/SER_Social/article/view/45584. Acesso em: 5 dez. 2025.

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