MULHERES NEGRAS MARCHAM EM 201 PELO BEM VIVER

Autores

  • Rosalia de Oliveira Lemos Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.26512/ser_social.v17i36.13423

Palavras-chave:

Marcha das Mulheres Negras ”“ 2015, Política Social, Feminismo Negro, Mulheres Negras e Democracia e Participação Social

Resumo

Nesse artigo reflete-se sobre as mulheres negras no Brasil e as motivações para a realização da Marcha das Mulheres Negras 2015 contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver ”“ 2015, que acontecerá em Brasília, no dia 18 de novembro corrente, demarca-se a participação das mulheres negras como protagonistas de um processo político. Faz-se uma leitura do processo histórico vivido pelas mulheres negras, o racismo e o sexismo na sociedade brasileira. Apresenta-se o processo de organização da Marcha no estado do Rio de Janeiro fundamentada na participação democrática e na formação política ao priorizar conceitos do feminismo negro e o debate de temas relacionados à vida das mulheres negras e à conjuntura política. Por fim, discute-se as expectativas e metas a serem alcançadas com vistas ao empoderamento das mulheres negras, reafirma-se as políticas públicas exitosas e a discute-se a ampliação de políticas inclusivas no território nacional. 

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Biografia do Autor

Rosalia de Oliveira Lemos, Universidade Federal Fluminense

Graduada em Bacharel e Licenciatura em Química pela Universidade Federal Fluminense (1986) e mestrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1997), com a dissertação Feminismo Negro em construção: a organização de mulheres negras do Rio de Janeiro. Doutoranda em Políticas Públicas na Universidade Federal Fluminense iniciado em 2012. Fundadora da E`LÉEKÒ (1996) e do Disque Racismo (2000), atuando no atendimento á vítimas de violência racial e na qualificação de policiais (1999 ”“ 2002). Desenvolveu o Projeto Um Pé no Terceiro Milênio/Comunidade Solidária com jovens de favelas (1998-2000), o Projeto Etnociências, originado os Cadernos Etnociências/Fundação Abrinq/Programa Crer para Ver (1997-2000). Atuou na elaboração do Plano Municipal de Educação e Igualdade Racial da Prefeitura de Niterói ao lado a Secretaria Municipal de Educação (2003). Nos movimentos sociais participou do Grupo Amigos Negros de Favela e Periferia, em 1979 e no NZINGA, em 1983. Na ECO/92 atuou através do GAECO-MUNEMA, na elaboração do Tratado Contra o Racismo. Participou do Programa de Visitante Internacional do Governo dos Estados Unidos (2003). Relatora da 1ª Conferência da Igualdade Racial do Rio de Janeiro. Participou da Conferência das Américas e da II Conferência Contra o Racismo e Intolerâncias Correlatas, em Durban África do Sul (2001). Exerceu cargo compatível de secretária de governo na direção da CODIM - Coordenação dos Direitos das Mulheres (2003-2008). Profª. concursada (1994), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, atuou na equipe de implantação do Curso de extensão Brasil-África em Sala de Aula (2009) implantou e coordenou a Coordenação de Diversidade do IFRJ (2010-2012). Implantou o Programa de Cotas na Pró-Reitoria de Graduação o no IFRJ, após ter coordenado o Seminário “Ações Afirmativas no IFRJ : o sistema de cotas (2013). Autora da cartilha O negro na Educação e nos Livros Didáticos/Ministério da Justiça/CEAP. Coordenadora Estadual da Marcha das Mulheres Negras 2015. Participou do Fórum Social Mundial, na Delegação Brasileira dos Movimentos Sociais na Tunísia ”“ 2015. É co-autora do Manual Cidadania Etnia/Raça -Secretaria de Ensino Fundamental do Ministério da Educação; Faz parte do Movimento Negro, Feminista e Feminista Negro. Tem produção científica na área. Foi palestrante na I Conferência de Igualdade Racial em Mace, maio de 2013.

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Publicado

11/07/2015

Como Citar

LEMOS, Rosalia de Oliveira. MULHERES NEGRAS MARCHAM EM 201 PELO BEM VIVER. SER Social, [S. l.], v. 17, n. 36, p. 207, 2015. DOI: 10.26512/ser_social.v17i36.13423. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/SER_Social/article/view/13423. Acesso em: 4 maio. 2024.