Competências do bibliotecário: o exercício da mediação implícita e explícita na biblioteca universitária

Autores

  • Larisse Macêdo de Almeida Universidade Federal do Ceará
  • Gabriela Belmont de Farias Universidade Federal do Ceará
  • Maria Giovanna Guedes Farias Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.26512/rici.v11.n2.2018.8336

Palavras-chave:

biblioteca universitária, competência em informação, mediação da informação

Resumo

Os princípios da mediação têm sido aplicados em diversos contextos culturais e sociais por permitir a apropriação da informação de forma direta ou indireta. No ambiente das bibliotecas universitárias, a interação entre o usuário e o bibliotecário faz-se indispensável não só pela troca de experiências, mas, principalmente, para a construção de conhecimentos. Este estudo tem como objetivo identificar quais são as competências necessárias ao bibliotecário para atuar como mediador da informação na biblioteca universitária, procurando especificar as demandas da mediação implícita e explícita. O conceito de mediação da informação requer o envolvimento de sujeitos protagonistas, que se apropriam do conhecimento e que direcionam as ações para a construção colaborativa. Apesar de ser uma ação fundamental do fazer bibliotecário, nem sempre a mediação faz parte do cotidiano das bibliotecas de forma eficiente. Observamos que, para exercer o papel de mediador, o bibliotecário necessita de uma série de competências, as quais estão relacionadas à organização, representação, acesso, utilização, apropriação da informação e ao comportamento humano frente às necessidades informacionais, entre outras. Identificamos que as atividades da mediação explícita podem exigir um número maior de competências do bibliotecário, entretanto, as ações desenvolvidas na mediação implícita possuem influência direta na qualidade da mediação explícita, demonstrando a necessidade do trabalho cooperativo entre os profissionais dos diversos setores. Concluímos que o bibliotecário deve buscar traçar trajetórias cognitivas e empreendê-las de forma consciente pautadas nos princípios da mediação implícita ou explícita, a fim de que o processo de mediação esteja sempre centrado nas necessidades do usuário e voltado para um processo continuo de apropriação da informação.

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Biografia do Autor

Larisse Macêdo de Almeida, Universidade Federal do Ceará

instituto do Câncer do Ceará, Fortaleza, CE.

 

Gabriela Belmont de Farias, Universidade Federal do Ceará

Departamento de Ciências da Informação, Fortaleza, CE.

 

Maria Giovanna Guedes Farias, Universidade Federal do Ceará

departamento de Ciências da Informação, Fortaleza, CE.

 

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Publicado

2018-05-28

Como Citar

Almeida, L. M. de, Farias, G. B. de, & Farias, M. G. G. (2018). Competências do bibliotecário: o exercício da mediação implícita e explícita na biblioteca universitária. Revista Ibero-Americana De Ciência Da Informação, 11(2), 431–448. https://doi.org/10.26512/rici.v11.n2.2018.8336

Edição

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