Bibliotecas públicas, Ranganathan e Agenda 2030: diálogos possíveis

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/rici.v17.n2.2024.53676

Palavras-chave:

Bibliotecas públicas, Ranganathan, Agenda 2030

Resumo

O acesso à informação segura mostra-se como umas das condições para que a democracia seja consolidada e que os cidadãos sejam cada vez mais ativos na comunidade. A Agenda 2030 orienta a sociedade para um caminho do desenvolvimento sustentável através dos 17 objetivos propostos pela Organização das Nações Unidas e, neste contexto, a biblioteca pública apresenta-se como um espaço que provê o acesso a esta informação e ao conhecimento. Ranganathan ao publicar as 5 leis fundamentais para a biblioteconomia, na década de 1930, vislumbrava a democratização das bibliotecas e, consequentemente, da informação. Deste modo, este artigo tem como objetivo discutir a convergência de aspectos inerentes às bibliotecas públicas, a partir das duas primeiras leis de Ranganathan, traçando diálogos possíveis com os propósitos disseminados na Agenda 2030, considerando o contexto brasileiro. Para produzir esse alinhamento reflexivo utiliza-se o corte social, com delineamento qualitativo, com base na pesquisa bibliográfica como procedimento técnico. Conclui indicando a indispensabilidade da presença das leis de Ranganathan no fazer bibliotecário, destacando o protagonismo das bibliotecas públicas na promoção da Agenda 2030. E aponta a necessidade em investimentos para a popularização desta instituição no Brasil, como uma das formas de fortalecimento do ethos democrático no que tange o acesso à informação e o exercício da cidadania.

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Biografia do Autor

Renata Oliveira da Silva, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Departamento de Biblioteconomia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Bacharelado em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO. Bacharelado e Licenciatura em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. Aluna no Mestrado Profissional em Biblioteconomia - PPGB/UNIRIO. Membro do Grupo de Pesquisa Bibliotecas, Memória e Resistência. Professora da Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro.

Daniele Achilles, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Departamento de Biblioteconomia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Bacharel em Biblioteconomia. Mestrado e Doutorado em Memória Social pelo Programa de Pós-Graduação em Memória Social (PPGMS/UNIRIO). Doutorado Sanduíche em Ciência da Informação pela Universidad de Antioquia (UdeA), Medellín, Colômbia. Professora Associada do Departamento de Biblioteconomia (UNIRIO), do Mestrado Profissional em Biblioteconomia (PPGB/UNIRIO) e do Programa de Pós-Graduação em Memória Social, Linha de Pesquisa Memória, Subjetividade e Criação (PPGMS/UNIRIO). Líder do Programa de Extensão Comunidade de Práticas em Bibliotecas Públicas. Líder do Grupo de Pesquisa Bibliotecas, Memória e Resistência, CNPq.

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Publicado

2024-07-22

Como Citar

Silva, R. O. da, & Achilles, D. (2024). Bibliotecas públicas, Ranganathan e Agenda 2030: diálogos possíveis. Revista Ibero-Americana De Ciência Da Informação, 17(2), 249–265. https://doi.org/10.26512/rici.v17.n2.2024.53676

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