Rede Brasileira de Estudos e Conteúdos Adaptados (REBECA): desafios e perspectivas na colaboração do acesso à informação às pessoas com deficiência visual no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.26512/rici.v15.n1.2022.42463Palavras-chave:
Redes colaborativas, Deficientes visuais, Acessibilidade informacional, Acervo em formato acessívelResumo
A formação de redes de colaboração tem contribuído para o aprimoramento das ações inclusivas nas universidades, trazendo novos olhares para as questões da acessibilidade e favorecendo o diálogo para a resolução das demandas apresentadas pelas pessoas com deficiência. A Rede Rebeca é a primeira rede brasileira de colaboração de acervos acadêmicos em formato acessível. Seu objetivo é reunir instituições de ensino superior que desenvolvem os mesmos produtos e serviços, proporcionando cooperação técnica e intercâmbio de trabalhos em formato acessível. Este trabalho visa apresentar as atividades da REBECA e descrever os processos adotados pelos profissionais que se encontram nos centros, laboratórios e bibliotecas acessíveis a pessoas com deficiência visual nas Instituições de Ensino Superior (IES). O presente trabalho caracteriza-se como um relato de experiência das ações desenvolvidas pela Rede. Os participantes da pesquisa foram profissionais de universidades públicas federais brasileiras. A metodologia é o levantamento bibliográfico sobre redes colaborativas em bibliotecas e a análise documental de registros e relatórios no período de 2018 a 2021. Com relação aos resultados, a Rede reúne atualmente 18 instituições que agregam 60 profissionais, beneficiando aproximadamente 180 usuários. As atividades são realizadas por 06 grupos de trabalho com temas específicos, os quais: comunicação, repositórios, padronização de manuais, audiodescrição, musicografia em braille e mentoria (para instituições aspirantes). Pode-se concluir que as ações da REBECA trazem benefícios em termos de apoio aos serviços de biblioteca para atendimento às pessoas com deficiência visual. Seja na orientação de padrões comuns de boas práticas na produção de materiais em formatos acessíveis, como na criação de bibliotecas digitais acessíveis, no intercâmbio de documentos e informações técnicas. O diálogo entre os profissionais que estão na primeira linha de atendimento permite aprimorar os processos e fortalecer o enfrentamento à exclusão que ainda persiste nas instituições.
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Referências
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