Voz, mito e território
propostas decoloniais para uma cena Huni Kuin dentro da universidade amazônica
DOI:
https://doi.org/10.26512/vozcen.v6i02.60046Palavras-chave:
Corpo, Voz, Decolonial, Territórios, Huni KuinResumo
A proposta deste artigo é de compartilhar um processo teórico-prático que tem sido desenvolvido dentro do curso de teatro da Universidade Federal do Acre, desde 2023. O processo tem alinhado metodologias de ensino das artes da cena á perspectivas de criação e cosmovisões da cultura originária Huni Kuin. A pesquisa se desenvolve associando leituras transversais propostas pela antropologia, filosofia, semiótica e estudos das artes. Este trabalho fundamenta-se em leituras estéticas e políticas sobre construções territoriais.
Downloads
Referências
ABREU, J. Capistrano de. Rã-txa hu-ni-ku-ĩ: grammatica, textos e vocabulário caxinauás. Rio de Janeiro: Typographia Leuzinger, 1914
ABREU, J. Capistrano de. Vocabulário da língua caxinauás. [Rio de Janeiro]: [s.n.], [1910] - [1913]. 36 doc. (2188 p.), Original. Localização: Manuscritos - 12,1,016-051.
BOMFIM, Anari Braz. Um breve panorama das línguas indígenas do Brasil. In: Na ponta do lápis, nº 40, Agosto 2023.
BRUNIERE, Marcelo Felipe., MINCHONI, Tatiana.Sonoridade decolonial: conexões entre o corpo e a floresta. Revista Esaço academico, Edição especial. Out. 2021.
CÂMARA Jr., Joaquim Mattoso. Introdução às Línguas Indígenas Brasileiras. Rio de Janeiro: Livraria Acadêmica, 1965.
CARDOSO MIRANDA, Camille., CORBERA MORI, Angel. Revista Liames, Campinas, SP, v.21, 1-4, e021015, 2021.
COLETTY, Viviana de Souza. A voz em cena na língua Hãtxa Kuin para não indígenas: Perspectivas poéticas e políticas. Voz e cena. 2024.
COLETTY, Viviana de Souza. Território estétio e território político, corpo e insurreição através da arte, um estudo a partir da obra de Tatsumi Hijikata. Tese de doutorado Paris 8 e PUC - São Paulo. 2017.
DELEUZE, Gilles., GUATTARI, Felix, 1980). Mille plateaux, Capitalisme et Schizophrénie, Paris, France : Les éditions de Minuit, Collection Critique.
DUARTE, Andreia., TERENA, Naine. (Org.). Teatro e os povos indígenas: Janelas Abertas para a possibilidade. N1- edições, São Paulo. 2023.
ELIADE, Mircea. Mito e realidade. Ed. Perspectiva, SP. 2007.
GUATTARI, Félix. As Três Ecologias. São Paulo: Editora 34, 1989.
GUATTARI, Felix. L'hétérogenèse dans la création musicale. Éditions Èrès. Chimères -1 N° 79, pages 33 à 36. 2013.
GREINER, Christine. Corpos crip: instaurar estranhezas para existir. São Paulo: N-1 Edições, 2023.
GREINER, Christine. O corpo: pistas para estudos indisciplinares. São Paulo: Annablume, 2005.
HUNI KUIN, Iba Isaias Sales. Huni Meka: cantos do Nixi Pae. Rio Branco: IPHAN - Comissao ProIndio, 2007.
HUNI KUIN, Iba Isaias Sales; MATTOS, Amilton Pelegrino de. Quem e quem no pensamento Huni Kuin? O Movimento dos Artistas Huni Kuin. Cadernos de Subjetividade, Sao Paulo, n.18, p. 67-80, 2015.
HUNI KUIN, Iba Sales; MATTOS, Amilton Pelegrino de. Por que canta o MAHKU: Movimento dos Artistas Huni Kuin. Revista Landa, Florianopolis, v. 5, n.1, p.61-82, 2016.
HUNI KUĨ, Dasu Inu Bake (Evanildo da Silva Albuquerque Kaxinawá). Nukũ Beyá Xarabu: A Arte na Recriação, Reconstrução e Fortalecimento da Identidade Huni Kuĩ da Terra Indígena Kaxinawá de Nova Olinda. Dissertação (mestrado). Rio Branco, PPGAC- Universidade Federal do Acre, 2022.
KAXINAWÁ, Joaquim Paulo de Lima. Hãtxa kena xarabu, livro de palavras em Hãtxa Kuin. Iphan, Rio Branco-AC, 2023.
KAXINAWÁ, Warderson Rodrigues Domingos. Katxa Nawa, prática cultural do povo Huni Kuĩ: gastrossônica ancestral. Orientador: Prof. Dr. Damián Keller. 2025. TCC (Graduação) - Curso de de Licenciatura em Música, Universidade Federal do Acre, Rio Branco, 2025.
KRENAK, Ailton., CARELLI, Rita (Org.). Futuro ancestral. Ed. Cia. das Letras, SP. 2022.
KRENAK, Ailton; DUARTE, Andreia. O silêncio do mundo. In: Jornalistas Livres, 20 set. 2019. Disponível em: https://jornalistaslivres.org/o-silencio-do-mundo/.
LAGROU, Els. Arte ou artefato? Agência e significado nas artes indígena. In: Revista Proa, n°02, vol.01, 2010. Disponível em http://www.ifch.unicamp.br/proa
LAGROU, Els. A fluidez da forma: arte, alteridade e agência em uma sociedade ameríndia (Kaxinawa). Rio de Janeiro: Topbooks, 2007.
LAGROU, Els. Uma etnografia da cultura kaxinawa: entre a cobra e o inca. Dissertacao (Mestrado em Antropologia Social). 1991. 247 f. Centro de Filosofia e Ciencias Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianopolis, 1991.
LAGROU, Els. Entre xamãs e artistas: entrevista com Els Lagrou. Usina, in : https://revistausina.com/2015/07/15/entrevista-com-els-lagrou/. 2015.
LEVI, Peter. A civilização grega. Tradução de Carlos Nougué et al. Barcelona: Folio Digital, 2008.
MACIEL, Ney Jose Brito. Os Huni Kuin (Kaxinawa) do Caucho e o indigenismo ambiental acreano: diálogos e fricções em torno da conservação ambiental nos territórios indígenas na Amazônia sul ocidental brasileira. Tese (Doutorado em Antropologia) — Universidade de Brasilia, Brasilia, 2018.MANA, IBA, (orgs.) Nuku Mimawa, cantos Kaxinawa. Rio Branco. Comissão Pro-Índio do Acre. 1994.
MANA, MONTE, (orgs.) Shenipabu Miyui, história dos antigos 2ª ed. Belo Horizonte: Editora Universidade de Minas Gerais. 2000.
MARTINS, Leda Maria. Performances do tempo espiralar: poéticas do corpo-tela. Rio de Janeiro: Cobogó, 2021.
MEDEIROS, V.; BONFANTE, G. M.; ESTEVES, P. M. da S. Descolonização e decolonialidade: considerações sobre línguas no espaço brasileiro. Todas as Letras – Revista de Língua e Literatura, São Paulo, v. 25, n. 2, p. 1-17, maio/ago. 2023. DOI 10.5935/1980-6914/eLETDO16135.
NICOLLI, Aline Andréia (Org.). Estabelecendo conexões: saberes e culturas dos povos indígenas na Universidade. Edufac. Rio Branco/Acre. 2024.
Organização dos professores indígenas do Acre. (Org.). Índios no Acre - Organização e História. CPI-AC. Rio Branco/Acre. 2002.
PINTO, Jhone Tavares; PINTO, Benedita Celeste de Moraes; MOREIRA, Cristian Caio Silva. O processo de construção histórica da representação dos povos indígenas no Brasil. ARACÊ, [S. l.], v. 7, n. 5, p. 26849–26871, 2025.
PUCCI, M. Influência da voz indígena na música brasileira. Música Popular em Revista, Campinas, ano 4, v. 2, p. 5- 30, jan.-jun. 2016.
RASU, Inu Bake Huni Kuĩ (Evanildo da Silva Albuquerque Kaxinawá); ARAÚJO, Hanna. Katxa Nawa: prática cultural do povo Huni Kuĩ para conexão com os espíritos dos legumes. In: CARNEIRO, Leonel Martins (org.). Experiências teatrais no Acre. Rio Branco: Edufac, 2022. p. 33-59.
RIBEIRO, Glória Maria Ferreira. O mito e a experiência da linguagem. Trilhas Filosóficas, [S. l.], v. 14, n. 1, p. 23–49, 2021.
RODRIGUES, Aryon. Línguas indígenas: 500 anos de descobertas e perdas. Delta, São Paulo, 9 (1): 83-103, 1993.
SEKI, Lucy. A linguística indígena no Brasil. In: Linguística, revista da ALFAL. Campinas: Unicamp, 11: 2000.
TRAVASSOS, Elisabeth. A voz objeto fugidio: voz e “musicologias”. in: Música em perspectiva, vol1. n.1 março, 2008.
USP. BIBLIOTECA BRASILIANA GUITA E JOSÉ MINDLIN. Boletim 3x22: Pluralidades Indígenas. São Paulo, [2020]. N. 4. Disponível em: https://3x22.bbm.usp.br/wp-content/uploads/2021/09/Boletim-Pluralidades-Indigenas-05.2020.pdf. Acesso em: 10/11/2025.
VICK, Mariana. in: https://www.nexojornal.com.br/a-autodemarcacao-da-terra-indigena-tupinamba-no-baixo-tapajos] 2017.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo B. 2002. A Inconstância da Alma Selvagem e Outros Ensaios de Antropologia. São Paulo: Cosac & Naify. 2002.
ZUKER, Fabio. in: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2023/06/24/os-indigenas-que-autodemarcaram-sua-terra-cobicada 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2025 Voz e Cena
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os leitores são livres para transferir, imprimir e utilizar os artigos publicados na Revista, desde que haja sempre menção explícita aos autores e à Revista Voz e Cena e que não haja qualquer alteração no trabalho original. Qualquer outro uso dos textos precisa ser aprovado pelos autores e pela Revista. Ao submeter um artigo à Revista Voz e Cena e tê-lo aprovado, os autores concordam em ceder, sem remuneração, os direitos de primeira publicação e a permissão para que a Revista redistribua esse artigo e seus metadados aos serviços de indexação e referência que seus editores julguem apropriados.
Este trabalho está licenciado com uma Creative Commons Attribution 4.0 International License.
7.PNG)
