Exercício para pensar o silêncio a partir de perspectivas decoloniais
DOI:
https://doi.org/10.26512/vozcen.v4i02.50831Palavras-chave:
Silêncio, Epistemologias decoloniais, Animismo, Decolonialidade, Práticas decoloniaisResumo
Este artigo é um exercício, uma provocação, a fim de contribuir para a desnaturalização do nosso olhar diante de epistemologias hegemônicas que compõem o conhecimento acadêmico, inclusive o campo das Artes Cênicas. A partir da pergunta: “O silêncio existe?”, proponho uma releitura do livro Textos para nada, de Samuel Beckett, através das lentes do animismo e do perspectivismo ameríndio. O convite é para estabelecer um “cruzo” entre as vozes do narrador de Beckett com outros saberes e práticas “esquecidos” por nós através do nosso processo de colonização, para, quem sabe, convidá-lo a sair do buraco, entrar em relação, coletivizar-se.
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