International climate change negotiation: the role of Brazil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18472/SustDeb.v10n3.2019.2796

Palavras-chave:

Painel Intergovernamental em Mudança do Clima. Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Conferência das Partes. Desenvolvimento Sustentável. Agricultura de Baixo Carbono.

Resumo

O aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera eleva a temperatura média do planeta, desencadeando problemas que ameaçam a sobrevivência do ser humano. A proteção do clima global frente aos efeitos das mudanças climáticas é uma condição essencial para a sustentação da vida. Por essa razão, governos, cientistas e a sociedade estão unindo forças para propor melhores soluções que possam agregar relações de desenvolvimento ambiental, social e econômico. As negociações internacionais sobre a mudança do clima envolvem muitos países no estabelecimento de estratégias para a mitigação do problema. Portanto, entender os processos internacionais de negociação e de que maneira os acordos ratificados impactam um país são de importância fundamental. O objetivo deste artigo é sistematizar informações sobre como as negociações têm procedido, detalhando momentos chave e os resultados, analisando o papel que o Brasil desempenhou no decorrer dessas negociações e as perspectivas futuras do País.

 

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Biografia do Autor

Marcela Cardoso Guilles da Conceição, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil

Possui graduação (bacharelado) em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Fluminense (UFF), especialização na área ambiental ( pós-graduação Executiva em Meio Ambiente) pela COPPE - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestrado e doutorado em Geociências (Geoquímica Ambiental) pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Atualmente trabalha em projetos de consultoria para diferentes instituições nacionais e internacionais. Os projetos de consultoria se concentram principalmente na temática de mudança do clima, envolvendo a parte de negociação internacional no âmbito da UNFCCC e de políticas públicas brasileiras que visam à redução de emissão de GEE. Trabalhos de consultoria envolvendo especificamente os setores de agricultura e mudança de uso da terra, também já foram realizados. A tese de doutorado foi feita em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e teve como objetivo avaliar a sustentabilidade em sistemas integrados de produção lavoura-pecuária-floresta (iLPF). De agosto de 2009 a fevereiro de 2011 trabalhou na Coordenação-Geral de Mudanças Globais do Clima do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Renato de Aragão Ribeiro Rodrigues, EMBRAPA

Possui graduação (bacharelado e licenciatura) em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), especialização em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestrado e doutorado em Geociências (Geoquímica Ambiental) pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Pesquisador A da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Solos. Atuou na Embrapa Agrossilvipastoril, de 2010 a 2015, onde implantou a área de pesquisa em gases de efeito estufa e mudança do clima da unidade e foi supervisor do Núcleo de Pesquisa em Recursos Naturais de 2011 a 2015. Presidente do Conselho Gestor da Associação Rede ILPF (parceria público-privada composta pelas empresas Embrapa, John Deere, Syngenta, Cocamar, Bradesco, SOESP, Premix e Ceptis), desde abril/2017. Foi chefe da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas, de fevereiro a outubro de 2018. Coordenador da Sub-rede Mudanças Climáticas e Agricultura, da Rede Clima (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação). Membro permanente do painel de especialistas da UNFCCC para revisões técnicas dos Inventários de Gases de Efeito Estufa no setor de Agricultura. Co-chair do Cropland Group e coordenador da Network Integration Crop-Livestock da Global Research Alliance on Agricultural Greenhouse Gases. Professor e orientador do programa de pós graduação em Engenharia de Biossistemas da Universidade Federal Fluminense. Vencedor do Prêmio Frederico de Menezes Veiga - categoria Jovem Pesquisador, em 2014. Vencedor do prêmio "Heróis da Revolução Verde Brasileira", promovido pela FAO/ONU, Embrapa, ABAG e ANDEF - Fórum Desafio Brasil 2050, em 2014. Membro do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) - Emission Factor Data Base (EFDB/IPCC) de 2011 a 2015. De maio de 2009 a outubro de 2010 trabalhou na Coordenação-Geral de Mudanças Globais do Clima do Ministério da Ciência e Tecnologia. Foi Coordenador Técnico Substituto da Segunda Comunicação Nacional do Brasil à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, nas seguintes partes: Circunstâncias Nacionais; Providências Previstas ou Tomadas para a Implementação da Convenção; e Outras Informações Relevantes para a Implementação da Convenção.

Fernanda Reis Cordeiro, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

Engenheira Agrícola e Ambiental na Universidade Federal Fluminense, Niterói-RJ, Brasil. Atualmente, mestranda em Agronomia - Ciência do Solo na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Atuou como bolsista de Iniciação científica na Embrapa Solos - RJ, onde trabalhou com análises físicas, químicas, mineralógicas de solos, além de morfologia e classificação de solos. Experiência no Programa Graduação Sanduíche no Exterior com duração de um ano e meio, na área de Engenharia Agrícola, na Southern Illinois University em Carbondale-IL, Estados Unidos. Estágio de verão em Chicago - Illinois Institute of Technology, voltado para sistemas urbanos de alimentos com desenvolvimento de horta urbana e sistema de captação de água da chuva para irrigação. Foi integrante voluntária no grupo PET Engenharia Agrícola e Ambiental na UFF. Foi bolsista no projeto de extensão Sustentabilidade no Dia a Dia na UFF. Trabalhou como monitora nas matérias de física, química e matemática com nível fundamental e médio.

Fernando Vieira Cesário, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil

Possui Graduação em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (2012), durante os anos de 2008 -2011, foi estagiário/bolsista na Embrapa-Solos, atuando em diversos projetos de pesquisa voltados para a dinâmica da paisagem e matéria orgânica. Em 2014 finalizou o Mestrado em geografia com ênfase em planejamento e gestão ambiental pela UFRJ, atuando no projeto de pesquisa intitulado: Uso da terra e dos recursos naturais relacionados à dinâmica da paisagem e indicadores para subsidiar o planejamento agro-ambiental em áreas de Mata Atlântica, o projeto foi uma cooperação da Embrapa-Solos com a Universidade de Liepzig (Alemanha). Sob a orientação do Pesquisador Dr. Fabiano de Carvalho Balieiro, a dissertação teve como objetivo identificar indicadores da matéria orgânica do solo capazes de avaliar diferentes sistemas ambientais. Atualmente é Doutor pelo Programa de Pós-graduação em Geografia (PPGG), onde desenvolveu tese em cooperação com projeto internacional Role of Biodiversity in Climate Change Mitigation - ROBIN, liderado no Brasil pela Embrapa-Solos - CNPS. Realizou doutorado sanduíche na Universidade de Wageningen - Holanda na área de biodiversidade e mudanças climáticas globais, a tese tem foco no Funcionamento e propriedades ecossistêmicas da vegetação e dos solos na floresta tropical amazônica. Tem experiência na área de ciências ambientais, com ênfase na decomposição, ecossistemas florestais, mudança climática global, ciclagem de nutrientes em ecossistemas florestais e modelagem estatística.

Gracie Verde Selva, Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS), Brasília, DF, Brasil

Consultora IABS.

Carolinna Maria, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil

Graduada em Ciências Biológicas pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2012), mestre em Agronomia (Meteorologia Aplicada) pela Universidade Federal de Viçosa (2017) e doutoranda em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Tem experiência na área de Ciências Ambientais, com ênfase em Mudanças do Clima, atuando principalmente nos seguintes temas: agricultura sustentável, sistemas agrossilvipastoris e agricultura de baixo carbono.

Eduardo da Silva Matos, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, Brasília, DF, Brasil

Possui graduação em Agronomia e mestrado em Solos e Nutrição de Plantas pela Universidade Federal de Viçosa e Doutorado em Ciências Naturais pela Brandenburgische Technische Universität (Alemanha). Pesquisador "A" da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, atualmente é supervisor do Núcleo de Desenvolvimento Institucional da SIRE (Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas). Foi pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril onde atuou como Secretário Executivo do CTI de 2011 a 2015 e como Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento de 2015 a 2016. Coordenou a elaboração e implantação do Plano Diretor da Unidade e na sequência a elaboração da Agenda de Prioridades, além disso foi responsável pela implantação da linha de pesquisa em Dinâmica do Carbono no Solo e pela Instrumentação Científica para a pesquisa em Ciência do Solo da Unidade. Professor orientador do Programa de Pós-Graduação em Agronomia da Universidade Federal de Mato Grosso. Atua em diversos projetos de pesquisa avaliando os efeitos dos diferentes sistemas de manejo sobre a dinâmica do carbono no solo, tais como sistema plantio direto, rotação de culturas, sistemas agroflorestais, pastagens, restauração florestal e integração lavoura-pecuária-floresta.

Renato Campello Cordeiro, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Santa Úrsula (1989), Mestrado em Geociências pela Universidade Federal Fluminense (1995) e Doutorado em Geociências (Geoquímica) pela Universidade Federal Fluminense (2000). Atualmente é professor Associado III da Universidade Federal Fluminense. Tem atuado principalmente na reconstrução paleoambiental de sistema continentais neotropicais. Coordena e executa ações de pesquisa dentro do compartimento continental (sistemas lacustres) do Projeto CLIMPAST - CNPq-IRD/França. Ministra a disciplina de Ecologia e Dinâmica Ambiental para o curso de graduação em Engenharia de Recursos Hídricos e Ambiental e Biogeoquímica das Mudanças Globais para Pós Graduação em Geociências (Geoquímica) da Universidade Federal Fluminense.

Edison Dausacker Bidone, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil

Possui graduação em Geologia (Instituto de Geociências) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1973); especialização (1977) e doutorado (1980) pelo Institut National Polytechnique de Lorraine - Nancy - France; Estágios de Pós-doutorado pela Université de Bordeaux I (1984) e Université de Nice (1986). Atualmente é professor Titular do Departamento de Geoquímica da Universidade Federal Fluminense, professor do curso de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da UFF, professor do curso de Engenharia de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente da UFF, professor do Programa da Pós-Graduação em Sustentabilidade de Ecossistemas da Universidade Federal do Maranhão e orientador credenciado do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geoquímica Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: modelagem geoquímica de processos naturais e da poluição, análise de risco e gestão ambiental.

Referências

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Publicado

2019-12-31

Como Citar

da Conceição, M. C. G. ., Rodrigues, R. de A. R., Cordeiro, F. R., Cesário, F. V. ., Selva, G. V. ., Maria, C., … Bidone, E. D. (2019). International climate change negotiation: the role of Brazil. Sustainability in Debate, 10(3), 379–395. https://doi.org/10.18472/SustDeb.v10n3.2019.2796

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