Territorialidades, saúde e ambiente:

conexões, saberes e práticas quilombolas em Sergipe, Brasil

Autores

  • Roberto dos Santos Lacerda Universidade Federal de Sergipe, Lagarto, SE, Brasil.
  • Gicélia Mendes da Silva Universidade Federal de Sergipe, São Cristovão, SE, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.18472/SustDeb.v9n1.2018.26960

Palavras-chave:

Territorialidade, Quilombos, Saúde, Conservação Ambiental

Resumo

A abordagem ecossistêmica em saúde humana apresenta-se como possibilidade de construção teórico-prática das relações saúde e ambiente a partir, entre outros fatores, do estilo de vida de grupos populacionais específicos. Este estudo tem o objetivo de analisar como os saberes e práticas tradicionais de cuidado em saúde constroem territorialidades que contribuem para a conservação ambiental em comunidades quilombolas. Em uma pesquisa de campo realizada nas comunidades Mocambo e Sítio Alto no estado de Sergipe foram realizadas observação participante e entrevistas com agentes cuidadores. Identificaram-se a territorialidade da resistência, a territorialidade do cuidado e a territorialidade da esperança como traços comuns às duas comunidades na associação de saberes e práticas que articulam saúde e ambiente. Conclui-se que os princípios da abordagem ecossistêmica em saúde estão presentes nas comunidades quilombolas em uma dinâmica vital integradora e complexa das relações saúde e ambiente que tem contribuído para a conservação ambiental e cultural dessas comunidades.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Roberto dos Santos Lacerda, Universidade Federal de Sergipe, Lagarto, SE, Brasil.

Professor Adjunto do Departamento de Educação em Saúde. Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Universidade Federal de Sergipe, Lagarto, SE, Brasil.

Gicélia Mendes da Silva, Universidade Federal de Sergipe, São Cristovão, SE, Brasil.

Departamento de Geografia Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Universidade Federal de Sergipe, São Cristovão, SE, Brasil.

Referências

ARRUTI, M. Mocambo: Antropologia e História do processo de formação quilombola. Bauro, SP. EDUSC. 2006.

BÂ, A. Hampaté. A tradição viva. In: KI-ZERBO, J. (ed.). História geral da África I: metodologia e pré-história da África. Brasília, DF: UNESCO, 2010. p. 167-212.

DIEGUES, A.C.; RELES, J. Povos Indígenas e comunidades tradicionais: os visados territórios dos invisíveis. In: PORTO, M.F.; PACHECO, T.; LEROY,J.P. Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil: o mapa de conflitos. Rio de Janeiro. Editora FIOCRUZ, 2013.

LEFF, E. Saber Ambiental. Petrópolis, RJ, 2001.

LEROY, J.P.; MEIRELES, J. Povos Indígenas e comunidades tradicionais: os visados territórios dos invisíveis. In: PORTO, M.F.; PACHECO, T.; LEROY,J.P. Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil: o mapa de conflitos. Rio de Janeiro. Editora FIOCRUZ, 2013.

LITTLE, Paul E. Territórios sociais e povos tradicionais no Brasil: por uma antropologia da territorialidade. In: REUNIÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA, 23., jun. 2002, Gramado/ RS. Natureza e sociedade: desafios epistemológicos e metodológicos para a antropologia. [S.l.: s.n.], 2002. p. 1-37. Mimeografado.

MALCHER, Maria Albenize Farias. A Geografia da Territorialidade Quilombola na Microrregião de Tomé-açu: o caso da ARQUINEC ”“ Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos Nova Esperança de Concórdia do Pará. Belém: CEFET. (Trabalho de Conclusão de Curso), 2006.

MINAYO, M. C.S.Enfoque ecossistêmico de saúde e qualidade de vida. In: MINAYO, M.C & MIRANDA, A C. (orgs). Saúde e Ambiente sustentável: estreitando nós. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2002.

MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Sulina, 2005.

ONU. Organização das Nações Unidas. Declaração de Estocolmo de 1972. Disponível em: <www.mma.gov.br/estruturas/agenda21/_arquivos/estocolmo.doc>. Acesso em maio, 2016.

ONU. Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente.
Disponível em http://www.onu.org.br/rio20/img/2012/01/agenda21.pdf. Acesso em maio de 2016.

ROCHA, R. M.C. A pedagogia da tradição: as dimensões do ensinar e do aprender no cotidiano das comunidades afro-brasileiras. Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 8 n.11 p. 31-52 jul./dez. 2011.

SABROZA, P. & WALTNER-TOEWS, D. Doenças emergentes, sistemas locais e globalização. Cadernos de Saúde Pública, v.17(suppl.):4-5, 2001.

SANTOS, M. O lugar e o cotidiano. A natureza do espaço, São Paulo: EDUSP, 2002.

SANTOS, B. S. Um discurso sobre as ciências. São Paulo: Cortez, 2003

SCHLENKER, Barry R. Impression Management: the self-concept, social identity, and interpessoal relations. USA: Brooks/Cole, 1980
TRINDADE, A.L. Africanidades brasileiras e educação [livro eletrônico] : Salto para o Futuro / organização. Azoilda Loretto Trindade. Rio de Janeiro: ACERP ; Brasília : TV Escola, 2013.

TUAN, Y-F. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. Londrina: Eduel, 2012.

Downloads

Publicado

2018-04-30

Como Citar

Lacerda, R. dos S., & Silva, G. M. da. (2018). Territorialidades, saúde e ambiente:: conexões, saberes e práticas quilombolas em Sergipe, Brasil. Sustainability in Debate, 9(1), 107–120. https://doi.org/10.18472/SustDeb.v9n1.2018.26960

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.