Da pesca ao natural:
trajetória do turismo em Mato Grosso do Sul (1970 a 2015)
DOI :
https://doi.org/10.18472/SustDeb.v8n2.2017.21382Mots-clés :
Desenvolvimento Regional, Meio Ambiente, Turismo de pesca, EcoturismoRésumé
O objeto de análise deste estudo é a trajetória do turismo em Mato Grosso do Sul, entre os anos 1970 e 2015, tendo como principais objetivos a descrição histórica da trajetória do turismo no estado e os gatilhos de alteração do foco das atividades de pesca para a oferta de atrativos vinculados ao turismo em meio natural. Tal empreitada tomou forma por meio do apoio de fontes secundárias, documentos e registros institucionais, além de observações in loco, registros fotográficos e entrevistas semiestruturadas com turistas e moradores. Diante das análises, é possível constatar que as políticas públicas, aliadas aos investimentos da iniciativa privada, alteraram de modo substancial as características do turismo no estado, bem como sua natureza e localidades de expansão. O ecoturismo, representante da nova fase do turismo no estado, apresenta-se profundamente marcado pela preocupação comercial de forma a desconsiderar as singularidades culturais locais e o meio ambiente. Conclui-se que a ação expressa do setor público e os investimentos em estrutura, tanto privados quanto públicos, alteraram de modo substancial a natureza do desenvolvimento turístico no estado.
Téléchargements
Références
BARROS, S. M.; LA PENHA, D. Diretrizes para uma política nacional de ecoturismo. Brasília: Embratur, 1994. 45 p.
BELTRÃO, O. D. Turismo: a indústria do século 21. Osasco: Novo Século, 2001.
BERH, M. F. Serra da Bodoquena: história, cultura, natureza. Campo Grande: Free, 2001.
BRASIL. Ministério do Turismo. Programa de Regionalização do Turismo ”“ Roteiros do Brasil: Módulo Operacional 7 Roteirização Turística. Brasília, 2007. 51p.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Secretaria do Desenvolvimento da Produção. Departamento de Micro, Pequenas e Médias Empresas. Plano de Desenvolvimento do APL de Turismo e Artesanato de Bonito ”“ Serra da Bodoquena. Campo Grande: Sebrae, 2010, 50 p.
BUARQUE, S. J. C. Construindo o Desenvolvimento Local Sustentável: Metodologia de Planejamento. Rio de Janeiro: Garamond, 2002.
CARVALHO, O. Desenvolvimento regional: um problema político. Campina Grande: EDUEPB, 2014.
CATELLA, A. A pesca no Pantanal de Mato Grosso do Sul, Brasil: descrição, nível de exploração e manejo (1994 ”“ 1999). 2001. 377f. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) ”“ Faculdade de Ciências Biológicas, Universidade do Amazonas, Manaus, 2001.
CATELLA, A. Pesca e Recursos Pesqueiros do Pantanal: ecologia, estatística e gestão. In: Semana do Engenheiro de Pesca, 13, 2007, Recife. Anais... Recife: EDUFRPE, 2007, p.1-6.
CATELLA, A. Reflexões sobre a pesca esportiva no Pantanal Sul: crise e perspectivas. Pesca Esportiva, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 30-33, mar. 2004.
CATELLA, A. C.; ALBUQUERQUE, S. P. Sistema de Controle de Pesca de Mato Grosso do Sul ”“ SCPESCA/MS 10-2003. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento. Corumbá: Embrapa Pantanal, 2007. 56 p.
CATELLA, A. C.; ALBUQUERQUE, S. P. Sistema de Controle de Pesca de Mato Grosso do Sul ”“ SCPESCA/MS 13-2006. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento. Corumbá: Embrapa Pantanal, 2010. 51p.
CATELLA, A. C. et al. Sistema de Controle de Pesca de Mato Grosso do Sul ”“ SCPESCA/MS 20-2013. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento. Corumbá: Embrapa Pantanal, 2014. 58 p.
CATELLA, A. C.; PIOVEZAN, U.; MARIANI, M. Turismo cultural de pesca: uma nova experiência no Pantanal. In: XVII ENCONTRO BRASILEIRO DE ICTIOLOGIA. 1, 2007, Itajaí. Resumo... Itajaí: Sociedade Brasileira de Ictiologia, 2007, p. 472-472.
EAGLES, P. F. J., MCCOOL, S. F.; HAYNES, C. F. Sustainable tourism in protected areas: guidelines for planning and management. Gland, Switzerland: International Union for the Conservation of Nature, 2002.
EMPRESA BRASILEIRA DE TURISMO. Anuário Estatístico de Turismo. Brasília. v. 36, 2009. Disponível em: <www.turismo.gov.br/dados_fatos>. Acesso em: 21 abr. 2015.
FUNDAÇÃO DE TURISMO DO MATO GROSSO DO SUL. Artesanato das Regiões. Campo Grande/MS, 2015. Disponível em: <http://www.turismo.ms.gov.br/index.php?inside=1&tp=3&comp=4633&show=2010>. Acesso em: 05 jun. 2015.
FUNDAÇÃO DO TURISMO DO MATO GROSSO DO SUL. Sistema de Informações e Estatísticas. Indicadores básicos do Turismo, Campo Grande: Fundtur, 2010. 17 p.
GANEM, R. S. Políticas de conservação da biodiversidade e conectividade entre remanescentes de Cerrado. 2007. 427f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável) ”“ Centro de Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília, Brasília, 2007.
GARMS, A. Pantanal: o mito e a realidade. In: IV SIMPÓSIO SOBRE RECURSOS NATURAIS E SOCIOECONÔMICOS DO PANTANAL, 4, 2004, Corumbá. Anais... Corumbá: Embrapa Pantanal, 2004. p. 23-37.
ICMBIO. Decreto nº 86.392, de 24 de setembro de 1981. Disponível em <http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/parna_pantanal_matogrossense.pdf>. Acesso em: 05 jun. 2017.
MARIA, F. S.; MARIANI, M. A. P. Ecoturismo e desenvolvimento local: estudo de caso da reserva ecológica Baía Bonita, Bonito, MS, Brasil. In: XV ENCONTRO SUL-MATO-GROSSENSE DE GEÓGRAFOS, 15, 2007, Corumbá. Anais... Corumbá: UFMS, 2007. p.1-15.
MARIANI, M. A. P. Geografia e turismo no paraíso das águas: o caso de Bonito. 2000. 256f. Tese (Doutorado em Geografia) ”“ Faculdade de Geografia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000.
MARIANI, M. A. P. Percepção dos turistas e moradores do município de Bonito: o lugar, os sujeitos e o turismo. Turismo: visão e ação, Itajaí, v. 4, n. 11, p. 33-46, out. 2002.
OLIVEIRA, A. C. L. et al. Ecoturismo. Cadernos de Educação Ambiental. São Paulo: SMA, 2010.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO ”“ OMT. Declaração de Ecoturismo de Quebec. 2002. Disponível em: <http://www.gdrc.org/uem/eco-tour/quebec-declaration.pdf>. Acesso em: 05 fev. 2016.
RIZZO, M. R. Encontros e desencontros do turismo com a sustentabilidade: um estudo do município de Bonito ”“ Mato Grosso do Sul. 2010. 256f. Tese (Doutorado em Geografia) ”“ Faculdade de Geografia, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Presidente Prudente, 2010.
SABINO, J.; ANDRADE, L. P. Uso e conservação da Ictiofauna no ecoturismo da região de Bonito, Mato Grosso do Sul: o mito da sustentabilidade ecológica no Rio Baía Bonita (aquário natural de bonito). Biota Neotropica, São Paulo, v. 3, n. 2, p. 1-9, 2003. Disponível em <http://www.biotaneotropica.org.br/v3n2 /pt/abstract?point-of-view+BN00403022 003>. Acesso em: 08 abr. 2016.
SABINO, J.; ANDRADE, L. P.; BESSA, E. Ecoturismo: valorizar a natureza para gerar negócios sustentáveis e renda. In: SABINO, J. (Org.). Ecoturismo nas trilhas da Biodiversidade Brasileira. Campo Grande: Natureza em Foco, 2012. p. 13-24.
SEBELE, L. S. Community-based tourism ventures, benefits and challenges: Khama Rhino Sanctuary Trust, Central District, Botswana. Tourism Management, p. 25-31, 2010.
SILVA, M. V. Mitos e verdades sobre a pesca no Pantanal Sul-mato-grossense. Campo Grande: FIPLAN.MS, 1986.
TAYLOR, G., The community approach: does it really work? Tourism Management, v. 16, p. 487-489, 1995.
WEARING, S.; NEIL, J. Ecoturismo: impactos, potencialidades e possibilidades. São Paulo: Manole, 2001.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
SUSTAINABILITY IN DEBATE – Copyright Statement
The submission of original scientific work(s) by the authors, as the copyright holders of the text(s) sent to the journal, under the terms of Law 9.610/98, implies in the concession of copyrights of printed and/or digital publication to the Sustainability in Debate Journal of the article(s) approved for publication purposes, in a single issue of the journal. Furthermore, approved scientific work(s) will be released without any charge, or any kind of copyright reimbursement, through the journal’s website, for reading, printing and/or downloading of the text file, from the date of acceptance for publication purposes. Therefore, the authors, when submitting the article (s) to the journal, and gratuitous assignment of copyrights related to the submitted scientific work, are fully aware that they will not be remunerated for the publication of the article(s) in the journal.
The Sustainability in Debate Journal is licensed under Creative Commons License – Non-Commercial-No-Derivation Attribution (Derivative Work Ban) 3.0 Brazil, aiming at dissemination of scientific knowledge, as indicated on the journal's website, which allows the text to be shared, and be recognized in regards to its authorship and original publication in this journal.
Authors are allowed to sign additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the works published in the Sustainability in Debate Journal (for example, in a book chapter), provided that it is expressed the texts were originally published in this journal. Authors are allowed and encouraged to publish and distribute their text online, following publication in Sustainability in Debate (e.g. in institutional repositories or their personal pages). The authors expressly agree to the terms of this Copyright Statement, which will be applied following the submission and publishing by this journal.