Diagnóstico participativo para planejamento territorial de áreas protegidas:

subsídios ao plano de manejo da Estação Ecológica do Taim, Brasil

Auteurs-es

  • Caio Cavalcanti Dutra Eichenberger Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande, RS, Brasil
  • Paulo Tagliani Universidade Federal do Rio Grande - FURG

DOI :

https://doi.org/10.18472/SustDeb.v8n1.2017.19281

Résumé

A Estação Ecológica do Taim é uma Unidade de Conservação (UC), localizada na porção Sul da Planície
Costeira do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Abrange parte dos municípios do Rio Grande e de Santa
Vitória do Palmar, entre a Lagoa Mirim e o Oceano Atlântico. Embora tenha sido estabelecida há trinta
anos e seja internacionalmente reconhecida como importante área úmida e de proteção de espécies
ameaçadas, essa UC ainda carece de plano de manejo e de ordenamento territorial. Imersa em uma
matriz cultural e de atividades produtivas conflitantes com os interesses de conservação, a participação
da sociedade na elaboração do plano de gestão é um aspecto fundamental. Desta forma, foi aplicado
um diagnóstico participativo como mecanismo para apreender os modos de relacionamento da
população local e seus conhecimentos sobre o meio ambiente onde está inserida a UC, bem como para
identificar a percepção da comunidade científica envolvida com pesquisas naregião. As informações
obtidas por meio do diagnóstico participativo, espacializadas em um Sistema de Informação Geográfica
e interpretadas juntamente com dados físicos, biológicos e antrópicos, permitiram caracterizar no
território ameaças e oportunidades à conservação na área da Unidade. Tal investigação tornou possível
propor um esquema de zoneamento de usos, e a identificação de ações de manejo de forma a subsidiar
o planejamento e o ordenamento territorial para essa UC.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur-e

Caio Cavalcanti Dutra Eichenberger, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande, RS, Brasil

Oceanógrafo, analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Mestre em Gerenciamento Costeiro Integrado pela Universidade Federal do Rio Grande (2015) e Especialista em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2000).
aDoutorando no Programa de Pós-Graduação em Biologia de Ambientes Aquáticos Continentais da Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, RS, Brasil.

Références

BRASIL. Lei n° 9.985, de 18 de junho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1º, incisos I, II, III, e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Diário Oficial da União. Seção 1, 19 Julho de 2000.

CAMARA, G, SOUZA, R. C. M., FREITAS, U. M. G. Integrating remote sensing GIS by object-oriented data modelling. J Computers & Graphics, v. 20, n. 3, p. 395-403, 1996.

D'AMICO, A. R. Lições aprendidas sobre o diagnóstico para elaboração de Planos de Manejo de Unidades de Conservação: comunidade de ensino e aprendizagem em planejamento de unidades de conservação. Brasília: WWF ”“ Brasil. 57 p., 2013.

EICHENBERGER, C. C. D. Planejamento e Ordenamento Territorial de Unidades de Conservação: O Caso da Estação Ecológica do Taim. Dissertação de Mestrado em Gerenciamento Costeiro. Rio Grande, FURG, 104 p., 2015.

FERNANDES, L. A. VIEIRA, J., BASAGLIA, T. BURNS, M., BEMVENUTI, M. e GARCIA, A. Pesca Artesanal Na Lagoa Mirim, RS. Conflitos de Interesses e Ameaças à Sustentabilidade do Ecossistema Costeiro. Anais do VII Encontro da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica. Fortaleza: International Society for Ecological Economics (ISEE) e Conselho Regional de Economia do Ceará (CORECON-CE), p.107-116., 2007.

FERRARO JUNIOR, L. A. Encontros e Caminhos: Formação de Educadoras(es) Ambientais e Coletivos Educadores. Brasília, MMA/DEA, v. 3, 452 p., 2013.

GALANTE, M. L.V., BESERRA, M. M. L., MENESES, E. O. Roteiro Metodológico de Planejamento ”“ Parque Nacional, Reserva Biológica e Estação Ecológica. Ministério do Meio Ambiente, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e da Amazônia Legal, IBAMA, Brasília, 135p., 2002.

MORAES, R. GALIAZZI, M. C. Analise textual discursiva: Ijuí, RS, Ed. Unijuí, 224p., 2011.

NEIVA, A. Lições aprendidas sobre participação social na elaboração de planos de manejo de unidades de conservação: comunidade de ensino e aprendizagem em planejamento de unidades de conservação, Brasília, WWF-Brasil, 66 p., 2013.

NEOCORP. Estudo fundiário para ampliação da estação ecológica do Taim, Relatório Técnico Final. Porto Alegre, RS, 90 p., 2012.
OLIVEIRA, O. A. Os protagonistas da história dos campos neutrais. Biblos, v. 1, n. 1, p. 69-80., 2011.

PERELLO, L. F. C. Roteiro metodológico para o planejamento de zona de amortecimento em unidades de conservação. Tese de Doutorado, PPGERN, Universidade Federal de São Carlos, UFSCAR, São Carlos, SP, 175 p., 2011.

PRIMACK, R. B., RODRIGUES, E. Biologia da Conservação. Ed. Planta, Londrina, 328 p., 2001.

SCHÄFER, A. E. Atlas socioambiental de Mostardas, Tavares, São José do Norte e Santa Vitória do Palmar. Caxias do Sul, RS, Ed. Educs, 372 p., 2009.

SCHREINER, G. M. Proposta de Cenários para a delimitação de Zona de Amortecimento de Impactos na Estação Ecológica do Taim. Dissertação de Mestrado em Gerenciamento Costeiro. Rio Grande, FURG, 103 p., 2012.

TAGLIANI, P. R. A. Ecologia da paisagem da Restinga da Lagoa dos Patos: uma contribuição para o manejo e conservação da reserva da biosfera. Rio Grande. Ed. Furg. 184p., 2011.

UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Educação Ambiental: As grandes orientações da Conferência Tbilisi. (Coleção meio ambiente. Série Estudos educação ambiental; edição especial). Brasília, IBAMA, 158 p.,1998.

Téléchargements

Publié-e

2017-04-30

Comment citer

Eichenberger, C. C. D., & Tagliani, P. (2017). Diagnóstico participativo para planejamento territorial de áreas protegidas:: subsídios ao plano de manejo da Estação Ecológica do Taim, Brasil. Sustainability in Debate, 8(1), 95–107. https://doi.org/10.18472/SustDeb.v8n1.2017.19281

Numéro

Vol. 8 No. 1 (2017)

Rubrique

Artigos

Licence

SUSTAINABILITY IN DEBATE – Copyright Statement

The submission of original scientific work(s) by the authors, as the copyright holders of the text(s) sent to the journal, under the terms of Law 9.610/98, implies in the concession of copyrights of printed and/or digital publication to the Sustainability in Debate Journal of the article(s) approved for publication purposes, in a single issue of the journal. Furthermore, approved scientific work(s) will be released without any charge, or any kind of copyright reimbursement, through the journal’s website, for reading, printing and/or downloading of the text file, from the date of acceptance for publication purposes. Therefore, the authors, when submitting the article (s) to the journal, and gratuitous assignment of copyrights related to the submitted scientific work, are fully aware that they will not be remunerated for the publication of the article(s) in the journal.
The Sustainability in Debate Journal is licensed under Creative Commons License – Non-Commercial-No-Derivation Attribution (Derivative Work Ban) 3.0 Brazil, aiming at dissemination of scientific knowledge, as indicated on the journal's website, which allows the text to be shared, and be recognized in regards to its authorship and original publication in this journal.
Authors are allowed to sign additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the works published in the Sustainability in Debate Journal (for example, in a book chapter), provided that it is expressed the texts were originally published in this journal. Authors are allowed and encouraged to publish and distribute their text online, following publication in Sustainability in Debate (e.g. in institutional repositories or their personal pages). The authors expressly agree to the terms of this Copyright Statement, which will be applied following the submission and publishing by this journal.