A Construção do Sistema Brasileiro de Declaração Ambiental de Produto

Autores

  • Veronica Moreira Horner Hoe Universidade de Brasília
  • Armando Caldeira Pires UnB

DOI:

https://doi.org/10.18472/SustDeb.v8n2.2017.23738

Palavras-chave:

Declaração Ambiental de Produtos, Desenvolvimento Sustentável, Rotulagem Ambiental, Políticas Públicas

Resumo

A rotulagem ambiental tipo III tem sido adotada por diversos países no mundo, especialmente após as exigências dos países europeus. Tem-se observado o crescimento da rotulagem tipo III e da elaboração das regras de categoria de produtos em diferentes setores produtivos. O Brasil recentemente publicou seu Programa de Rotulagem tipo III-DAP (Declaração Ambiental de Produto), por meio de regulamento do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que já era o órgão responsável pelo Programa Brasileiro de Avaliação do Ciclo de Vida. Este trabalho teve por objetivo identificar e analisar os instrumentos, desafios, limites e possibilidade para a implementação do programa proposto pelo Inmetro para rotulagem tipo III, a partir da avaliação de experiências internacionais, da análise SWOT e de entrevista realizada com o setor privado. O que se concluiu é que o programa do Inmetro ainda é muito recente, mas segue alinhado com os programas dos demais países, e isso lhe permitirá um reconhecimento mútuo no futuro. Além disso, o programa brasileiro é capaz de ser integrado a outras políticas públicas brasileiras, impulsionando sua implementação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Veronica Moreira Horner Hoe, Universidade de Brasília

Foi aluna de mestrado do Centro de Desenvolvimento Sustentável da UnB (2014 - 2016). Graduada em Ciências Biológicas e especialista em Gestão Ambiental, e, Políticas Públicas e Gestão Governamental.

Armando Caldeira Pires, UnB

Professor no Centro de Desenvolvimento Sustentável - CDS
Professor na Faculdade de Engenharia

Referências

BARRETO, A. P. L. et al. Ciclo de Vida de Produtos: certificação e rotulagem ambiental. XXVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção, p. 9, 2007.

BINAGHI, L.; DEL BORGHI, M.; GALLO, M. The Application of the Environmental Product Declaration to Waste Disposal in a Sanitary Landfill - Four Case Studies (10 p.). The International Journal of Life Cycle Assessment, v. 12, n. 1, p. 40-49, 2007.

BRAMMER, S.; WALKER, H. Sustainable procurement in the public sector: an international comparative study. International Journal of Operations & Production Management, v. 31, 2011. p. 452-476.

BRASIL. Política Nacional sobre Mudança do Clima. Lei 12.187, de 29 de dezembro de 2009.

CECI-RENAUD, N.; KHAMSING, W. T. Consumers faced with environmental labelling. General Directorate for Sustainable Development - Department for the Economy, Evaluation and Integration of Sustainable Development, 2012.

CHEN, X.; ALFNES, F.; RICKERTSEN, K. Consumer Preferences, Ecolabels, and the Effects of Negative Environmental Information. v. 18, n. 3, p. 1-31, 2014.

COSTA, R. H. Apontamentos sobre a Tributação Ambiental no Brasil. Lusíada. Direito e Ambiente, v. 2/3, p. 329-348, 2011.

DEL BORGHI, A. LCA and communication: Environmental Product Declaration. International Journal of Life Cycle Assessment, v. 18, n. 2, p. 293-295, 2013.

ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY, U. S. Environmental Labeling Issues, Policies, and Practices Worldwide. [s.l: s.n.].

EUROBAROMETER. Attitudes of europeans towards building the single market for green products. TNS Political & Social. 2013.

FET, A. M.; SKAAR, C.; MICHELSEN, O. Product category rules and environmental product declarations as tools to promote sustainable products: experiences from a case study of furniture production. Clean Technologies and Environmental Policy, v. 11, n. 2, p. 201-207, 2009.

FINKBEINER, M. Product environmental footprint - Breakthrough or breakdown for policy implementation of life cycle assessment? International Journal of Life Cycle Assessment, v. 19, n. 2, p. 266-271, 2014.

GALLASTEGUI, I. G. The use of Eco-labels: a review of the literature. European Environment, v. 12, p. 316-331, 2002.

GRUÈRE, G. A Characterisation of Environmental Labelling and Information Schemes. n. 62, p. 47, 2013.

GUIMARÃES, P. C. V.; DEMAJOROVIC, J.; OLIVEIRA, G. DE. Estratégias empresariais e instrumentos econômicos de gestão ambiental. Revista de Administração de Empresas, v. 35, n. 5, p. 72-82, 1995.

HOE, V. M. H. Os desafios da Gestão Governamental na implementação das compras públicas no âmbito do Plano Nacional de Produção e Consumo Sustentáveis. [s.l.] Escola Paulista de Direito, 2014.

HORNE, R. E. Limits to labels: the role of eco-labels in the assessment of product sustainability and routes to sustainable consumption. International Journal of Consumer Studies, v. 33, n. 2, p. 175-182, 2009.

HUNSAGER, E. A.; BACH, M.; BREUER, L. An institutional analysis of EPD programs and a global PCR registry. International Journal of Life Cycle Assessment, p. 1-10, 2014.

INMETRO, Q. E. T.-. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, 2016.

IPEA. O uso do poder de compra para a melhoria do meio ambiente. Comunicado Ipea: eixos do desenvolvimento brasileiro. [s.l: s.n.].

ISO. NBR ISO 14025:2015 ”“ Rótulos e declarações ambientais ”“ Declarações ambientais de Tipo III ”“ Princípios e procedimentos, 2015.

JURAS, I. DA A. G. M.; ARAÚJO, S. M. V. G. DE. A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto. In: JARDIM, A.; YOSHIDA, C.; MACHADO FILHO, J. V. (Ed.). Política Nacional, Gestão e Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Barueri: Manole, 2012. p. 57-77.

MARKET ANALISYS. Green Washing no Brasil: um estudo sobre os apelos ambientais nos rótulos dos produtos. 2014. Disponível em: <http://marketanalysis.com.br/wp-content/uploads/2014/07/Greenwashing-in-Brazil.pdf>. Acesso em: 05 abr. 2015.

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. Painel de Compras do Governo Federal. Estatísticas de 2015. Disponível em: <http://paineldecompras.planejamento.gov.br/QvAJAXZfc/opendoc.htm?document=Painel%20de%20Compras.qvw&host=QVS%40win-uep82lprjmh&anonymous=true>. Acesso em: 05 mar. 2016.

MINKOV, N. et al. Type III Environmental Declaration Programmes and harmonization of product category rules: status quo and practical challenges. Journal of Cleaner Production, v. 94, p. 235-246, 2015.

QUEIROZ, G. de C.; GARCIA, E. E. C. Análise de Custo do Ciclo de Vida (ACCV): metodologia e aplicação em eficiência energética. In: COLTRO, L. Avaliação do Ciclo de Vida como Instrumento de Gestão. Campinas: CETEA/ITAL, 2007. p. 47-60.

REBITZER, G. et al. Life cycle assessment Part 1: Framework, goal and scope definition, inventory analysis, and applications. Environment International, v. 30, n. 5, p. 701-720, 2004.

SANTOS, C. G. Declaraciones Ambientales de Producto: instrumento para la mejora de productos. [s.l.] Universitat Autònoma de Barcelona, 2012.

SUBRAMANIAN, V. et al. Comparing product category rules from different programs: learned outcomes towards global alignment. International Journal of Life Cycle Assessment, v. 17, n. 7, p. 892-903, 2012.

TAMANAHA, R. T. Risco ambiental, economia e tributação: o emprego das normas tributárias indutoras em prol da sustentabilidade, 2013.

TRAVASSOS, P. F. S.; VIEIRA, F. O. Aplicação da análise SWOT na preparação do processo de avaliação institucional interna (autoavaliação) realizada pela IES. Revista Eletrônica de Administração, v. 10, nº 02, edição 19, jul-dez/2011. p. 1-14.

TRINDADE, P. 7.6. Rotulagem Ambiental, [s.d.].

Downloads

Publicado

2017-09-01

Como Citar

Horner Hoe, V. M., & Caldeira Pires, A. (2017). A Construção do Sistema Brasileiro de Declaração Ambiental de Produto. Sustainability in Debate, 8(2), 44–59. https://doi.org/10.18472/SustDeb.v8n2.2017.23738

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.