Os agricultores ecologistas nos mercados para alimentos orgânicos:
contramovimentos e novos circuitos de comércio
DOI:
https://doi.org/10.18472/SustDeb.v5n3.2014.11194Palabras clave:
Agroecologia, Mercados, OrgânicosResumen
O artigo analisa os contramovimentos construídos pelos agricultores ecologistas frente aos processos de institucionalização da agroecologia e mercantilização dos alimentos orgânicos. Estes envolvem estratégias de relocalização e territorialização dos circuitos de comércio. Os dados são provenientes de pesquisa conduzida junto à Rede Ecovida de Agroecologia na região metropolitana de Curitiba. Os resultados focalizam a intrincada arquitetura sociocultural que sustenta os novos circuitos de comércio, por meio dos quais são legitimados valores morais que distinguem o alimento ecológico de um produto orgânico.
Descargas
Citas
da “qualidade” nos mercados alimentares. In: NIEDERLE, P.A. (Org.). Indicações
Geográficas. Porto Alegre: UFRGS, 2013.
ALTIERI, M.; FUNES-MONZOTTE, F.; PETERSEN, P. Agroecologically efficient
agricultural systems for smallholder farmers: contributions to food sovereignty.
Agron. Sustain. Dev., v. 32, p. 1-13, 2012.
APPADURAI, A. Introdução: mercadorias e a política de valor. In: APPADURAI, A.
(Org.). A vida social das coisas. Niterói: UFF, 2008.
BAQUE, P. Um novo sentido para os produtos orgânicos. Le Monde Diplomatique.
01 de Fevereiro de 2011
BLAY-PALMER, A., K. LANDMAN, I. KNEZEVIC, AND R. HAYHURST. Constructing
resilient, transformative communities through sustainable ‘‘food hubs’’. Local
Environment, v. 18, n. 5, p. 521”“528, 2013.
BLANC, J.; KLEDAL, P. The Brazilian organic food sector: Prospects and constraints
of facilitating the inclusion of smallholders. Journal of Rural Studies, v. 28, n.1,
p.142-154, 2012.
BOLTANSKI, L.; CHIAPELLO, E. O novo espírito do capitalismo. São Paulo: WMF,
2009.
BOLTANSKI, L.; THEVENOT, L. De la justification. Paris: Gallimard, 1991.
BRANDENBURG, A. Mouvement agroécologique au Brésil :Trajectoire, contradictions
et perspectives. Natures Sciences Sociétés, v. 16, p. 142-147, 2008.
BUCK D.; GETZ, C.; GUTHMAN, J. From farm to table: the organic vegetable
commodity chain of northern California. Sociologia Ruralis, v. 37, p. 3”“20, 1997.
COMUNELLO, F.J. Movimentos sociais, agroecologia e circuitos no capitalismo. Ruris,
v. 6, p. 45-72, 2012.
CONSELHO NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - CONSEA. O
direito humano à alimentação adequada e o sistema nacional de segurança
alimentar e nutricional. Brasília: CONSEA, 2013.
DAROLT, M. R. Circuitos curtos de comercialização de alimentos ecológicos. In:
NIEDERLE, P.A.; ALMEIDA, L.; VEZZANI, F.M. (Org.). Agroecologia: práticas, mercados
e políticas para uma nova agricultura. Curitiba: Kayrós, 2013. pp. 139-170.
DAROLT, M. R.; LAMINE, C.; BRANDENBURG, A. A diversidade dos circuitos curtos
de alimentos ecológicos: ensinamentos do caso brasileiro e francês. Revista
Agriculturas, v. 10, p. 8-13, 2013.
EHLERS, E. A agricultura alternativa: uma visão histórica. Estudos Econômicos, v.
24, n. esp., p. 231-262, 1994
GLIESSMAN, S. R. Agroecologia: processos ecológicos em agricultura sustentável.
Porto Alegre: UFRGS, 2000.
GOODMAN, D.; DUPUIS, M.; GOODMAN, M. Alternative Food Networks. New York:
Routledge, 2012.
GRANOVETTER, M. The impact of social structure on economic outcomes. Journal
of Economic Perspectives, v. 19, n. 1, p. 33-50, 2005.
GRISA, C.; SCHMITT, C.; MATTEI, L.; MALUF, R.; LEITE, S. O Programa de Aquisição
de Alimentos (PAA) em perspectiva: apontamentos e questões para o debate.
Retratos de Assentamentos, v. 13, p. 137-170, 2011.
GUIVANT, J. S. Os supermercados na oferta de alimentos orgânicos: apelando ao
estilo de vida ego-trip. Ambiente e Sociedade, v. 6, n.2, p. 63-82, 2003.
GUTHMAN J. The trouble with ‘organic lite’ in California: a rejoinder to the
‘conventionalisation’ debate. Sociologia Ruralis, v. 44, p. 301”“316, 2004.
HEBINCK, P.; PLOEG. J.D.; JSCHNEIDER, S. (ed.) Rural development and the
construction of new markets. London: Routledge, 2015.
HINRICHS, C. Transitions to sustainability: a change in thinking about food systems
change? Agriculture and Human Values, v. 31, p. 143-155, 2014.
HOWARD, P. Consolidation in the North American Organic Food Processing Sector,
1997 to 2007. International Journal of Sociology of Agriculture and Food, v. 16, n. 1,
p. 13-30, 2009
LOCKIE, S.; HALPIN, D. The “conventionalisation” thesis reconsidered: structural
and ideological transformation of Australian organic agriculture. Sociologia Ruralis,
v. 45, p. 284-307, 2005.
NIEDERLE, P.A. Políticas de valor nos mercados alimentares: movimentos sociais
econômicos e a reconstrução das trajetórias sociais dos alimentos agroecológicos.
Revista Século XXI, v. 4, n. 1, p. 162-189, 2014.
NIEDERLE, P.A.; RAULET, M. Agricultura familiar e mercados para produtos orgânicos:
o desafio de integrar novos circuitos de comércio. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, 52. Anais... Goiânia: SOBER, 2014.
PASSOS, M.; ISAGUIRRE, K. Certificação na prática: a Rede Ecovida e os desafios da
implementação de sistemas participativos de garantia. In: NIEDERLE, P. A.; ALMEIDA,
L.; VEZZANI, F.M. (Org.). Agroecologia: práticas, mercados e políticas para uma
nova agricultura. 1ed.Curitiba: Kairós, 2013. pp. 363-388.
PEREZ-CASSARINO, J. A construção social de mecanismos alternativos de mercado
no âmbito da Rede Ecovida de Agroecologia. Tese (Doutorado em Meio Ambiente e
Desenvolvimento). Curitiba: UFPR, 2012.
PICOLOTTO, E.L.; BRANDENBURG, A. Sindicalismo da agricultura familiar, modelos
de desenvolvimento e o tema ambiental. In: NIEDERLE, P.A.; ALMEIDA, L.; VEZZANI,
F.M. (Org.). Agroecologia: práticas, mercados e políticas para uma nova agricultura.
Curitiba: Kayrós, 2013. pp. 105-136.
PLOEG, J. D. van der. Camponeses e Impérios Alimentares: lutas por autonomia e
sustentabilidade na era da globalização. Porto Alegre: UFRGS, 2008.
PLOEG, J.D. van der; JINGZHONG, Y. ; SCHNEIDER, S. Rural development through
the construction of new, nested, markets: comparative perspectives from China,
Brazil and the European Union. Journal of Peasant Studies, v. 39, p. 133-173, 2012.
PLOEG, J. D. van der et al. On regimes, novelties, niches and co-production. In:
PLOEG, J. D. van der and WISKERKE, J. S. C. (Eds.) Seeds of transition: Royal Van
Gorcum, 2004.
POLANYI, K. A Grande Transformação. RJ: Campus, 1980.
PORTILHO, F. Novos atores no mercado: movimentos sociais econômicos e
consumidores politizados. Revista Política e Sociedade, v. 8, p. 199-224, 2009.
RADOMSKY, G.F.W. ; NIEDERLE, P.A.; SCHNEIDER, S. Participatory systems of
certification and alternative marketing networks: the case os Ecovida Agroecology
Network in South Brazil. In: Hebinck, P.; Ploeg, J.D.; Schneider, S. (Org.). Rural
Development and the Construction of New Markets. 1ed. The Hague: Routledge,
2015. p. 79-98.
ROEP, D. and WISKERKE, J. S. C. Reflecting on novelty production and niches
management in agriculture. In: PLOEG, J. D. van der; WISKERKE, J. S. C. (Eds.) Seeds
of transition. Royal Van Gorcum, 2004.
ROVER, O. J. Agroecologia, mercado e inovação social: o caso da Rede Ecovida de
Agroecologia. Ciências Sociais Unisinos, v. 47, n. 1, p. 56-63, 2011.
STASSART, P. M. Le rôle des “consommateurs” dans la construction d’un accord
entre agriculteurs et environnementalistes. In: ENCONTRO DA REDE DE ESTUDOS
RURAIS, 4. Anais... Curitiba: UFPR, 2010.
STEINER, P. Les marchés agroalimentaires sont-ils des « marchés spéciaux » ?
Montpellier: INRA, 2006.
ZELIZER, V. Circuits within capitalism. In: NEE, V.; SWEDBERG, R. The economic
sociology of capitalism. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. pp.289-319.
ZELIZER, V. The Social Meaning of Money. New York: Basic Books, 1994.
ZELIZER, V. Human values and the market: The case of life insurance and death in
19th century America. American Journal of Sociology, v. 84, p. 591-610, 1978
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
La presentación de la(s) obra(s) científica(s) original(es) por parte de los autores, como titulares de los derechos de autor de los textos enviados a la revista, de conformidad con la Ley 9.610/98, implica la cesión de derechos de autor de publicaciones impresas y/o digitales a la Revista de Sustenibilidad en Debate de los artículos aprobados para fines de publicación, en un único número de la Revista, autorizando también que la(s) obra(s) científica(s) aprobada(s) se divulguen de forma gratuita, sin ningún tipo de reembolso de derechos de autor, a través del sitio web de a Revista, para leer, imprimir y/o descargar el archivo de texto, a partir de la fecha de aceptación para publicación. Por lo tanto, los autores, al presentar los artículos a la Revista y, en consecuencia, la libre cesión de derechos de autor relacionados con el trabajo científico presentado, son plenamente conscientes de que no serán remunerados por la publicación de los artículos en la revista.Â
La Revista está licenciada bajo una licencia no comercial y sin derivaciones Creative Commons (No permite la realización de obras derivadas) 3.0 Brasil, con el propósito de difundir conocimientos científicos, como se indica en el sitio web de la publicación, que permite el intercambio del texto y el reconocimiento de su autoría y publicación original en esta revista.
Los autores pueden asumir contratos adicionales por separado, para la distribución no exclusiva de las obras publicadas en la revista Sustenibilidad en Debate (por ejemplo, en un capítulo de libro), siempre que se indique que los textos se publicaron originalmente en esta revista y que se menciona el DOI correspondiente. Se permite y incentiva a los autores a publicar y distribuir su texto online después de su publicación (por ejemplo, en repositorios institucionales o en sus páginas personales).Â
Los autores aceptan expresamente los términos de esta Declaración de Derechos de Autor, que se aplicará a la presentación si es publicada por esta Revista.