Tecnologias sociais de convivência com o Semiárido e a racionalidade camponesa
DOI:
https://doi.org/10.18472/SustDeb.v7n0.2016.18646Palavras-chave:
Tecnologias sociais, Convivência com o semiárido, Racionalidade camponesaResumo
O presente trabalho analisa a racionalidade de agricultores familiares no processo de tomada de decisão quanto à implantação de tecnologias sociais em suas unidades de produção, dentro de um contexto de dificuldade de acesso à água e produção de alimentos, no semiárido brasileiro. Tendo como base metodológica a observação participante com realização de entrevistas e aplicação de questionários, foi realizado um estudo de caso do projeto “Sistematização e Reaplicação de Tecnologias Sociais”, que propunha a implantação de 14 diferentes tipos de tecnologias sociais de outras áreas do semiárido a um grupo de 20 agricultores familiares, do município de Piranhas, Alagoas. Entre os elementos acionados pelos sujeitos da investigação na constituição de sua racionalidade foram identificados: a penosidade, a disponibilidade de tempo, a disponibilidade de força de trabalho, a disponibilidade financeira, a busca de qualidade de vida, os saberes sobre a natureza no semiárido, os saberes da experiência no ofício de agricultores e a confiança nos vizinhos e parentes. Os resultados apontam o desenvolvimento e a utilização de uma lógica qualitativa, extremamente vinculada à s relações com o território e as estratégias de convivência com o semiárido, informada pelos laços de confiança.
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